O Brasil atingiu nesta sexta-feira, 1, a marca de 91.589 casos confirmados do novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde. Os óbitos pela doença já chegam a 6.329.
Nas últimas 24 horas, foram mais 428 mortes e 6.209 novos casos de contaminação pela covid-19. O balanço do mês de abril, que começou com 6.931 casos confirmados e 244 óbitos, mostra que a doença está em expansão, bem como a realização de testes. Apenas na última semana foram 2.313 mortes.
São Paulo, epicentro da covid-19 no país, está com 30.374 casos confirmados da doença e 2.511 mortes.
Por conta desse alto ritmo de contágio, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, informou nesta manhã que o prefeito Bruno Covas (PSDB) vai ampliar a quarentena na cidade além de 10 de maio, prazo final das restrições.
Já no Rio de Janeiro, que está com mais de 2 mil funcionários da saúde contaminados e fila de espera de mil pessoas para vagas em UTI, o governador Wilson Witzel (PSC) está avaliando decretar “lockdown”. O estado registra 9.453 casos confirmados e 854 mortes.
Em seguida está o Ceará (7.606 casos e 482 mortes), Pernambuco (6.876 casos e 565 mortes) e Amazonas (5.254 casos e 425 mortes). Os três estados estão em situação crítica.
Pico e contágio
Apesar do trágico cenário, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou ontem que “ninguém sabe” quando será o pico da doença no país, nem se ele chegará ao mesmo tempo em todos os estados.
Segundo o chefe da pasta, a falta de informações sobre o número real de pessoas infectadas, de óbitos e de testes realizados prejudica o combate à pandemia. “Sem informações, o distanciamento social é a única certeza que temos por enquanto”, disse em interrogatório no Senado.
Um novo estudo feito pelo Imperial College de Londres, uma das universidades mais respeitadas do mundo, estima que o Brasil tem a maior taxa de transmissão da covid-19.
De acordo com os resultados, Brasil e Estados Unidos são países que ainda passam por uma fase difícil da pandemia e podem registrar 5.000 mortes na próxima semana em decorrência de complicações da doença.
Da Redação com EBC/EX