Pesquisadores da Coreia do Sul identificaram mais dois remédios que demonstraram sinais promissores contra o novo coronavírus em testes laboratoriais. As duas drogas se mostraram capazes de vencer o causador da COVID-19 em testes feitas com células em laboratórios.
As duas drogas já foram aprovadas nos Estados Unidos para tratamento de outras doenças, o que deve facilitar o uso contra a COVID-19. Porém, os resultados, ressaltam os cientistas, ainda são preliminares e não foram feitos testes em humanos.
A pesquisa foi publicada na Antimicrobial Agents and Chemotherapy, revista especializada da Sociedade Americana de Microbiologia.
Para o estudo, os pesquisadores testaram 46 medicamentos (todos já usados para tratar outras doenças) em células Vero, uma linhagem desenvolvida a partir de células renais do macaco-verde-africano. Essas células são comumente usadas no cultivo de vírus para a produção de vacinas.
Vermífugo
Um dos medicamentos é o vermífugo niclosamida, usado para o tratamento de teníase. “Não surpreende que seu efeito antiviral de amplo espectro tenha sido bem documentado na literatura, incluindo propriedades antivirais contra SARS (Síndrome respiratória aguda grave) e MERS-CoV (síndrome respiratória do Oriente Médio)”, afirmam os autores em um comunicado à imprensa.
Apesar dos resultados positivos, os autores destacaram que uma desvantagem da niclosamida é sua baixa absorção pelo organismo.
O outro medicamento é o antiviral ciclesonida, um corticosteroide inalado e usado no tratamento da asma e da rinite alérgica. “Com sua comprovada atividade anti-inflamatória, a ciclesonida pode representar uma droga potente que pode manifestar [os] papéis duplos [de antiviral e anti-inflamatório] no controle da infecção por SARS-CoV-2”, concluem os pesquisadores.
Outros medicamentos
Pesquisadores norte-americanos e de Hong Kong já conseguiram identificar cerca de 30 medicamentos que mostram eficácia contra a COVID-19. Todos eles são candidatos a medicamentos para tratamento do novo coronavírus. Três atualmente estão em ensaios clínicos para a Covid-19.
Um deles é o Remdesivir, que foi aprovado pelos Estados Unidos para ser usado em pacientes em estado grave da COVID-19.
Com Correio Braziliense