A terceira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começa nesta segunda-feira (11) e será dividida em duas etapas. A primeira, que vai até domingo (17), tem o objetivo de imunizar as pessoas com deficiência, crianças de seis meses e menores de seis anos, gestantes e mães no pós-parto de até 45 dias. Já na segunda etapa, entre os dias 18 de maio e 5 de junho, contempla os professores das escolas públicas e privadas, além de adultos entre 55 e 59 anos.
De acordo com especialistas, a vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas é fundamental para prevenir vários tipos de influenza. “É bom salientar que essa vacina não protege contra a Covid-19. Entretanto, esses vírus da gripe também podem causar casos mais graves, principalmente na população que tem mais risco, que são os idosos, pessoas com comorbidades e gestantes. Os demais componentes do público-alvo são aqueles onde há maior chance de haver transmissão grande de doença respiratória pela influenza causando surtos. Então por isso a gente fala dos profissionais de saúde de, se não tiverem vacinados, contaminarem entre si e também dele próprio passar a gripe para as pessoas”, destacou Lúcia Paixão, diretora de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de BH.
“A vacinação é de extrema importância porque protege o indivíduo contra umas das formas mais graves da gripe, que é o H1N1. É a única forma de proteção. E, neste momento, a importância se torna ainda maior porque a influenza pode levar a uma piora do quadro respiratório. Ou seja, pode agravar ainda mais os sintomas (de coronavírus)”, completou Débora Cristine Gomes Pinto, coordenadora de enfermagem da Faculdade Kennedy.
A campanha segue até 5 de junho. Quem perdeu a vacinação na primeira etapa (que contemplou idosos com 60 anos ou mais de idade e trabalhadores da saúde), poderá ir em outras datas, até o dia 5 de junho, se vacinar.
Tem direito às doses caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivos, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Campanha nacional
A exemplo das demais fases, a meta do governo é vacinar pelo menos 90% de cada um desses grupos. Na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação, dirigida a idosos com 60 anos ou mais e a trabalhadores da saúde, mais de 18,9 milhões de idosos foram vacinados, o que corresponde a 90,66% deste público. No caso dos trabalhadores da saúde, 3,8 milhões de profissionais foram imunizados, o que corresponde a apenas 75,5% da meta.
“Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS (Sistema Único de Saúde) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de apresentação de prescrição médica”, informou, por meio de nota, o Ministério da Saúde.
Com Hoje em Dia