A Secretaria Municipal de Saúde de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, analisa o caso de interrupção da gravidez de uma menina de 10 anos que teria sido estuprada por um tio. Enquanto a criança está em um abrigo público, com apoio médico, social e psicológico, advogados discutem a interrupção da gravidez.
Entrevistado pelo jornal A Gazeta, que noticiou o fato, o advogado Raphael Bolt, explicou que a Constituição Federal preserva, primeiramente, a vida humana. No entanto, em situações como a que envolve uma menor vítima de abusos sexuais, há possibilidades para a realização de um aborto.
A secretária do município explicou que vem tomando as medidas cabíveis, além de apresentar suporte à criança. Segundo o órgão, a menina vivia com os avós e a família era acompanhada pelo Município. Quando souberam do fato, se assustaram, já que não havia indício de abusos ou violência.
O suspeito do crime é o tio da vítima, mas não existe mandato de prisão em aberto. Ainda assim o crime está sendo investigado pela Polícia Civil.
No sábado (8), a criança chegou ao Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, afirmando aos médicos que achava que estava grávida. Os profissionais da unidade notaram que a barriga da criança apresentava um volume e realizaram um exame de sangue, que confirmou a gravidez de cerca de três meses. Ao ser questionada, a menina contou que era abusada pelo tio desde os 6 anos de idade e mantinha o silêncio porque era ameaçada de morte por ele.
Com O Tempo