Ao contrário do modelo de formação de estoques públicos, o programa permite o retorno antecipado de parte desses cafés ao mercado caso a cotação evolua para o nível de preço estabelecido, que é de R$ 306,34.
Utilizando como fonte de recursos o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), o setor privado renovará o volume de 6 milhões de sacas a cada dois anos, sempre no início (julho) do ano safra de bienalidade alta (safra cheia) do café.
Para o presidente do CNC, Gilson Ximenes, este programa é de suma importância, por não dar previsão de retorno do café ao mercado, conforme ocorre com os financiamentos de estocagem.
“Apesar de a estocagem objetivar a promoção de um efeito anticíclico na bienalidade da oferta brasileira, a previsibilidade do retorno desses cafés ao mercado tem gerado prejuízo ao produtor, considerando-se que há depreciação dos preços nos períodos em que se encontram os vencimentos das operações”, explicou Ximenes.
De acordo com Gilson Ximenes, os níveis de preço, nesse novo modelo, é que determinarão o fluxo de retorno do café. “Outra grande vantagem do programa é que não há depreciação do produto, como ocorria com os estoques públicos, visto ue ele pode ser renovado a cada dois anos”, disse Ximenes, que completou lembrando que a iniciativa inovadora não gera ônus à União, além dos ganhos da valorização do estoque ficarem com o setor produtivo da cafeicultura brasileira.
O Ministério da Agricultura encaminhará voto à próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN),que deverá ocorrer no final de novembro, para que seja efetuada a implantação do programa.