Endereços em Belo Horizonte e no município de Passos, na região Sul, estão entre os alvos de uma operação nacional da Polícia Federal (PF) que pretende coibir fraudes no auxílio emergencial. Agentes cumprem mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens à manhã de quinta-feira (10), não apenas em Minas Gerais, como também em outros 13 estados. Foi determinado o bloqueio de até R$ 650 mil em contas bancárias ligadas a suspeitos de fraude que receberam ilegalmente o auxílio oferecido à população mais vulnerável como suporte econômico em meio à pandemia.
A Justiça expediu sete mandados de prisão, além de mais de 42 de busca e apreensão – entre eles os três cumpridos entre a capital mineira e Passos – e 13 para sequestro de bens. Endereços são buscados, segundo informações da Polícia Federal, também nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul. Além de garantir que fraudes sejam punidas, a operação também mira quadrilhas suspeitas do crime.
A vigilância sobre solicitações de auxílio emergencial aconteceu a partir de duas etapas – uma primeira na qual foram detectados e bloqueados pedidos que poderiam ser considerados fraudes, e a segunda que culminou na operação cumprida nesta quinta-feira, nomeada “Segunda Parcela”.
Estima-se que, à primeira, quase quatro milhões de pedidos irregulares foram bloqueados, o que representaria um prejuízo superior a R$ 2,3 bilhões – isto levando em conta apenas o pagamento da primeira parcela do auxílio no valor de R$ 600. Para realização da segunda, a Polícia Federal analisou pagamentos indevidos e tentativas de cadastramento irregulares para identificar a atuação de quadrilhas e fraudes estruturadas. O objetivo da movimentação de hoje é desestruturar ações que afetam o programa assistencial.
Além da Polícia Federal, participam também Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Cidadania (MCid), Caixa Econômica Federal, Receita Federal, Controladoria-Gera da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Belo Horizonte, e os outros dois no município de Passos. Ações contra fraudes serão contínuas, e a PF orienta que aqueles que requereram e receberam parcelas do auxílio emergencial mesmo sem cumprir os requisitos determinados por lei devem devolver os valores, sob pena de serem investigados criminalmente.
Com Portal O Tempo