O Signal, o mensageiro que preza pela segurança e privacidade dos usuários, ultrapassou o WhatsApp nos últimos dias e agora lidera a lista dos apps “mais baixados” da Play Store no Brasil. Isso ocorreu pouco tempo depois que o aplicativo de Mark Zuckerberg anunciou a nova política de privacidade, que detalha como a empresa vai compartilhar os dados dos usuários com o Facebook.
Acredita-se que as preocupações com a privacidade fizeram com que alguns usuários procurassem alternativas ao WhatsApp – e o Signal está entre elas. Atualmente, o app está na segunda posição do ranking de programas gratuitos mais baixados da loja do Android – ficando atrás apenas do aplicativo da loja Magazine Luiza.
Além disso, o aplicativo favorito de figuras como Jack Dorsey, CEO do Twitter, fisgou a segunda posição na lista ‘Em alta’ da loja do Google, ficando atrás apenas do Peoople, um aplicativo que permite visualizar recomendações de amigos e influenciadores sobre locais e produtos favoritos.
Apesar de estar na segunda posição por aqui no Android, o Signal está em primeiro lugar em várias partes do mundo. O feito foi comemorado pela conta oficial do aplicativo no Twitter. A empresa revelou que o topo de mais baixados foi conquistado na Índia, Alemanha, França, Áustria, Finlândia, Hong Kong e Suíça.
De acordo com o Sensor Tower, no caso do iOS, o aplicativo ainda não conquistou o topo, mas alcançou a terceira posição dos mais baixados para iPhone e sexta para iPad.
Privacidade importa
Criado pela Signal Foundation, uma organização sem fins lucrativos fundada por Matthew Rosenfeld, mais conhecido como Moxie Marlinspike, responsável pela criptografia do WhatsApp, e Brian Acton, cofundador do WhatsApp, o app está disponível para Android e iOS (iPhone e iPad). Além disso, também pode ser utilizado no PC, com versões para Windows, Mac e Linux – para baixá-las, basta entrar no site oficial da empresa.
Recomendado inclusive por Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) e denunciante dos programas de vigilância em massa dos EUA, o Signal possui código aberto, criptografia de ponta a ponta, não possui anúncios e nem prática qualquer tipo de rastreamento ou venda de dados a terceiros. O aplicativo é financiado por doações de usuários e apoiadores da privacidade, além de contar com esforço coletivo de profissionais da tecnologia da informação.
Segundo os desenvolvedores, é impossível que terceiros leiam mensagens ou ouçam conversas realizadas no aplicativo. Por isso, quando se fala em privacidade, ele pode ser a melhor opção.
Signal e Elon Musk
Parte da popularidade recente do Signal pode ser atribuída também a Elon Musk, CEO da Tesla. Na última quinta-feira (7), o empresário, após criticar o Facebook frente à invasão do Capitólio dos Estados Unidos, ocorrida na quarta (6), recomendou que seus seguidores baixassem o Signal.
A ‘propaganda’ de Musk parece ter sido bastante efetiva para os seus 42 milhões de seguidores. Horas depois, o próprio Signal, em uma postagem em sua conta oficial do Twitter, disse que os códigos de verificação para novas contas estavam demorando mais que o normal para chegarem aos aparelhos dos usuários pela alta demanda. Felizmente, pouco depois, o problema foi resolvido.
Com Olhar Digital