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Segundo a nota divulgada à imprensa, as negociações duraram 15 meses. O presidente do Conselho da nova empresa será Pedro Moreira Salles e o presidente executivo será Roberto Egídio Setúbal.
A nova empresa terá cerca de 4,8 mil agências e postos de atendimento ao público, o que representará 18% da rede bancária do país, e 14,5 milhões de correntistas, ou 18% do mercado. O novo banco representará 19% do volume de crédito do sistema brasileiro.
Às 16h30, os representantes da nova empresa concedem entrevista coletiva no auditório do Museu de Arte Moderna, no Parque Ibirapuera.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio Grande de Sul, Juberlei Baes Bacelo, o maior temor é que a fusão feche agências que funcionam em endereços próximos. “O ideal é que as duas marcas sejam mantidas para evitar que agências dos bancos que funcionam uma perto da outra sejam fechadas e colegas venham a ser demitidos”, disse Bacelo. Ele mostrou-se preocupado com o fato de a fusão também concentrar a atividade bancária nas mãos de poucos grupos financeiros. Para ele, o surgimento de um monopólio no setor poderá prejudicar os clientes. “A falta de competitividade provocada pelo monopólio pode provocar o aumento das tarifas com prejuízos para os usuários.”
Bacelo, que é membro da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), disse que a entidade deve se reunir nos próximos dias para saber que medidas adotar na defesa dos funcionários do Itaú e Unibanco, para que não venham ser prejudicados com a fusão.
Ele informou que a Contraf, que é filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), vai solicitar uma reunião com diretores dos dois bancos envolvidos no processo de fusão para saber como fica a situação dos funcionários. Segundo Bacelo, o Itaú e o Unibanco empregam atualmente cerca de 72 mil pessoas.