Após pressão por parte dos caminhoneiros, a categoria passou a fazer parte do pacote de grupos prioritários a receber a vacinação contra a COVID-19. Os transportadores rodoviários de carga não estavam na primeira versão do Plano de Nacional Operacionalização, datado de 10 de dezembro e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas foram incluídos na segunda versão, de 16 de dezembro. Agora, em uma nova atualização do documento, chamada de “informe técnico”, de 18 de janeiro, o ministério citou especificamente “caminhoneiros”, prevendo que “nessa estratégia será solicitado documento que comprove o exercício efetivo da função de motorista profissional do transporte rodoviário de cargas (caminhoneiro)”.
O documento ainda especificou que, no caso de trabalhadores de transporte coletivo rodoviários de passageiro, que abrange os motoristas e cobradores, estão incluídos os profissionais de “longo curso”.
No plano divulgado no fim do ano passado não havia essa especificação, apenas “trabalhadores do transporte coletivo”.
Na quinta-feira à noite, o documento não estava no site do ministério, tendo sido retirado do ar, com previsão de retorno até esta sexta. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “a ampliação da cobertura desse público será gradativa, assim como os demais públicos prioritários elencados no Plano, conforme disponibilidade de vacinas. As especificidades e particularidades regionais serão discutidas na esfera bipartite (entre estado e município).
Conquista
A Confederação Nacional de Transporte (CNT) comemorou a inclusão, articulada desde dezembro junto à pasta da Saúde. “Esse é um reconhecimento da importância do trabalho que vem sendo desempenhado pelo setor, essencial para a manutenção das atividades de todo o país”, afirma o presidente da CNT, Vander Costa.
A prioridade máxima continua sendo profissionais da saúde, indígenas, quilombolas, população ribeirinha, idosos, pessoas com deficiência institucionalizados e idosos asilados acima de 60 anos.
O plano prevê oferta de 354 milhões de doses de vacinas garantidas, para 2021, por meio dos acordos com a Fiocruz (254 milhões de doses), Butantan (100 milhões de doses) e Covax Facility (42,5 milhões de doses).
Por enquanto, apenas 12,8 milhões de doses estão disponíveis e liberadas pela Anvisa.
Da Redação com EM