Setembro Amarelo entre os Adolescentes – O mês de setembro é conhecido pela campanha em prevenção ao suicídio e nada mais justo que falar sobre o tema, voltando as atenções para os adolescentes. Afinal, se a saúde mental deste público já era motivo de preocupação de pais, responsáveis e professores, agora, com a pandemia, o assunto ficou ainda mais em evidência.
Tanto é que uma enquete realizada no ano passado pela plataforma U-Report e divulgada pela UNICEF, com a participação de mais de 4 mil jovens de todo o país, com idade entre 15 e 19 anos constatou que 72% dos que responderam, sentiram a necessidade de pedir algum tipo de ajuda com relação à saúde mental e bem-estar físico durante o período de quarentena e isolamento e, desse número, 36% foram atrás principalmente de amigos e companheiros. Outros, de familiares, profissionais da saúde ou professores. Porém, 41% deles não procurou nenhum tipo de ajuda.
Um outro levantamento feito recentemente pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos mostraram que as tentativas de suicídio aumentaram 50% entre jovens de 12 a 17 anos, especialmente meninas.
Vale ficar atento a quaisquer sinais de mudança de comportamento nessa faixa etária, pois sintomas depressivos podem se manifestar de diferentes formas, como irritabilidade excessiva, queda no rendimento escolar, sentimento de culpa ou frustração, desinteresse por atividades que antes eram realizadas normalmente, capacidade de concentração diminuída e queda no rendimento escolar, perda de peso, afastamento do convívio social (amigos e familiares).
Como reforcei no texto anterior, a automutilação, que tem a ver com a agressão direta no corpo, pode, mesmo que sem intenção, também acabar culminando em autoextermínio.
A atenção a essas mudanças, o diálogo e a conversa franca para entender o que está se passando na vida e na mente do adolescente, se existe ou não o pensamento suicida, se ele pensa em morte e em qual frequência ele pensa são o primeiro importante passo.
As avaliações psiquiátrica e psicológica são fundamentais.
Não é aborrecência, saúde mental é coisa séria!
Com Mundo Ela