O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, confirmou hoje (5) a informação de que o governo trabalhará para proporcionar mais liquidez aos pequenos bancos responsáveis por dar suporte às vendas a prazo e financiamentos de automóveis.
O assunto foi discutido no último dia 24, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, quando os conselheiros discutiram a possibilidade do Banco do Brasil conceder empréstimos ao setor automotivo, no caso de compras de até 36 meses.
“A indústria automobilística representa 22% do PIB [Produto Interno Bruto] industrial do país. Por isso, é importante que haja concessão de crédito por meio dos bancos menores que trabalham com esse setor”, explicou o ministro, que esteve hoje num evento de moda, no Rio de Janeiro.
Segundo Miguel Jorge, em conseqüência da queda “muito robusta na produção”, não há como manter o crescimento de 25% que havia sido previsto para o fim do ano no setor automobilístico. “Um crescimento de 10% em 2009 seria espetacular, o maior crescimento do mundo, já que com exceção do Brasil, da China e da Índia, em nenhum outro país as montadoras de automóveis estão crescendo”, ponderou.
Para o ministro, não há por que temer as férias coletivas anunciadas por grandes montadoras nos últimos dias, um movimento que, conforme ele, é resultado de um ritmo mais forte de produção até 30 dias atrás. “Até um mês e meio atrás, as montadoras estavam trabalhando nos fins de semana, em feriados, em três turnos e com hora-extra. Até para os operários é importante que eles parem um pouco.”
Sua previsão é de que os investimentos das montadoras no país sejam mantidos. “A Toyota, por exemplo, confirmou na semana o projeto de instalação de uma nova fábrica em São Paulo, no ano que vem”, lembrou.
AGÊNCIA BRASIL