A mulher e a filha de apenas um ano que morreram dentro de casa após desmoronamento de terra, no Jardim Promeca, em Várzea Paulista(SP), foram achadas abraçadas pelos agentes que retiraram os corpos do local, segundo informou a prefeitura.
Além de Tatiane Aparecida dos Santos e sua bebê Tayane, o marido Ricardo Eugênio dos Santos, de 40 anos e os outros dois filhos, Nicole, de 10 anos; e Richard, de 12 anos, estavam no mesmo cômodo e morreram soterrados.
O desmoronamento foi registrado por volta das 6h de domingo (30), durante uma forte chuva na cidade. Segundo os bombeiros, a lama invadiu a casa e destruiu móveis e objetos.
De acordo com a Defesa Civil, o quarto onde o casal e os três filhos dormiam ficou com quase dois metros de altura de lama e, conforme o boletim de ocorrência, foi o cômodo mais atingido da casa.
Ainda segundo a prefeitura, a família poderia permanecer no local porque a área não era considerada de risco. Contudo, com a grande quantidade de chuva, no curto período de tempo, a causa do deslizamento possa ser o temporal.
A Polícia Civil abriu um inquérito e irá analisar os laudos do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística. A linha de investigação é de acidente, sem culpados.
O enterro foi realizado na tarde desta segunda-feira, no Cemitério Municipal Nossa Senhora da Piedade, em Várzea Paulista.
Cerca de 12 bombeiros, cães farejadores e equipes da Polícia Militar e da Defesa Civil trabalharam no resgate da família. Uma retroescavadeira foi usada para tirar a terra que cedeu.
De acordo com a Defesa Civil, choveu mais de 100 milímetros na cidade nas últimas 24 horas, o que significa metade do volume de chuva que era esperado para todo o mês de janeiro.
Técnicos do Instituto Geológico e da Defesa Civil fizeram uma análise da área e, por precaução, sete famílias que moram no morro tiveram que sair das casas.
‘Foi tudo muito rápido’
Um vizinho da família contou ao g1 que o desmoronamento foi rápido e que não deu tempo de avisar as vítimas.
“Foi por volta das 6h. Tinha acordado, quando do nada desceu o barranco de cima para baixo. Foi tudo muito rápido. Nem deu tempo de gritar. Muitos moradores viram e não sabiam o que fazer. Na hora, já vi que era a casa do meu amigo”, disse Reinaldo Pereira, de 42 anos.
“Eu conhecia o Ricardo havia mais de 30 anos. Crescemos juntos. Moro nesse bairro faz 39 anos. Nasci aqui. Nunca tinha visto isso acontecer. Uma tragédia”, lamentou.
Com g1