Morreu na madrugada desta terça-feira (15) o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, aos 81 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
Segundo a família, a morte ocorreu por volta da meia-noite, por complicações do AVC. “Jabor virou estrela. Meu filho perdeu o pai. E o Brasil perdeu um grande brasileiro”, escreveu Suzana Villas Boas, a ex-esposa, nas redes sociais.
Arnaldo Jabor começou como cineasta na década de 1960; Antes disso, já tinha trabalhado como técnico de som. Jabor se desenvolveu no movimento do Cinema Novo, que tinha como objetivo criticar as desigualdades no país.
Seu primeiro longa-metragem foi o documentário Opinião Pública, lançado em 1967, uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade. Em 1970, ele dirigiu Pindorama, o primeiro longa de ficção da carreira. O filme usa de metáforas para driblar as censuras do governo durante a Ditadura Militar.
Ao longo da carreira, ele dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Entre eles, o filme Toda Nudez Será Castigada, uma adaptação da obra de Nelson Rodrigues, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1973.
A partir de 1991, Jabor começou a escrever crônicas para jornais e fazer comentários políticos na TV Globo.
Da redação com Estado de Minas