O governo do Rio de Janeiro contabiliza 136 óbitos em razão das chuvas em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A informação foi atualizada na tarde desta sexta-feira (18). A Polícia Civil do RJ também informou hoje ter identificado 84 mortos entre as vítimas registradas até o momento. A lista de desaparecidos chegou a 218.
Ainda há previsão de chuva, moderada a forte, para a cidade, o que fez com as sirenes da Defesa Civil continuassem acionadas. As equipes da Defesa Civil contabilizam 553 ocorrências desde a última terça-feira (15), sendo que, dessas, 436 são por deslizamentos.
Até o momento, 849 pessoas estão acolhidas nos 19 pontos de apoio da cidade. As pessoas que precisam sair das residências por conta de deslizamentos que oferecem risco e não possuem alternativa de acolhimento em casa de familiares, estão sendo orientadas a se instalarem em pontos de apoio. No momento, o município conta com escolas que estão voltadas ao acolhimento da população.
Segundo a prefeitura, 34 vítimas das chuvas foram sepultadas no Cemitério do Centro (uma pessoa na quarta, 17 na quinta e 16 hoje).
Três dias após o temporal que destruiu a cidade, famílias ainda procuram por parentes. Dois ônibus com passageiros foram carregados por uma enxurrada. Alguns passageiros desapareceram após os veículos afundarem.
Segundo o portal UOL, a Prefeitura de Petrópolis tem em mãos desde maio de 2017, um estudo que identificou 15.240 moradias com risco alto ou muito alto de destruição por consequência de chuvas no 1º Distrito, o mais afetado. A cidade foi atingida por um volume excepcional de chuva. Em três horas, choveu mais do que o previsto para todo o mês de fevereiro. Segundo a Defesa Civil, foi o pior temporal registrado desde 1932.
Foi identificado no Portal da Transparência que foram empenhados, mas não necessariamente investidos, em 2021, R$ 2.107 milhões em obras de prevenção de queda de barreiras. Somados, os recursos propaganda (R$ 4.426 milhões) e a iluminação de fim de ano (R$ 1.105 milhões) foram, por sua vez, de R$ 5.531 milhões —mais que o dobro.
Da redação com UOL