Uma vaca pesando aproximadamente 170 kg fugiu da balsa que a transportava para um matadouro, tumultuou o trânsito e invadiu uma loja localizada em uma das principais avenidas de Parintins, no Amazonas.
Vídeos gravados na segunda (7) por moradores mostram o momento em que a vaca sai da frente de um posto de gasolina e corre em direção ao estabelecimento comercial. Câmeras de segurança registraram a entrada inusitada e o desespero dos funcionários.
SUSTO
Vaca foge de matadouro e invade loja com funcionários em Parintins#parintins #amazonas #vacainvadeloja #fugamatadourohttps://t.co/yi31Cj6pFb— Agência Brasil de Notícias (@abnnoticia) March 8, 2022
“Levou tudo pela frente. Foi por pouco mesmo, foi Deus mesmo. Quando a gente conseguiu fugir, ela já estava em cima”, disse a dona da loja, Lidyane Mororó, 40.
A vaca passou por uma porta que fica ao lado do caixa e chegou até o quintal, onde quebrou uma cerca de madeira durante a fuga. Em outra gravação, um cachorro aparece correndo atrás da fugitiva no depósito de produtos.
A proprietária contou que estava distraída quando ouviu o grito de uma das atendentes. “Só deu tempo de ouvir: ‘Lá vem o boi (sic)’. A força dele era muito grande, arrebentou até uma parede. Na hora do sufoco, era um empurrando o outro, então até machuquei o pulso, mas não foi nada de grave”, relatou ela.
Foram necessários pelo menos dez homens para conter o animal, que havia pulado da embarcação durante a ancoragem em um porto do município.
A vaca foi dopada e levada a um matadouro da cidade, sem conseguir, portanto, concretizar sua fuga.
“Senti pena”
Embora assustada com o ocorrido, Lidyane afirmou ter sentindo pena da vaca, que, segundo a comerciante, aparentava estar desesperada.
“Eu senti pena, e falava para que não matassem ela. É um animal irracional né, não sabia o que estava fazendo”, lamentou ela.
As condições não foram adequadas
Segundo Pedro Souza, presidente de uma ONG de proteção a animais no Amazonas, a vaca estava sendo transportada legalmente. Porém, as condições do translado não foram as adequadas e evidenciam uma má qualidade nos serviços.
“Quando atracam o barco, muitas vezes perto do Centro, às vezes fogem [animais]. O porto fica numa parte alta, então não tem cais. Os animais não conseguem ser retirados automaticamente para dentro do matadouro e isso faz com que possa acontecer esse tipo de incidente”, explicou ele.
Para o ativista, o animal estava assustado e teve uma reação comum diante da situação, além de ter ficado sujeito a violências e a acidentes no meio urbano.
“Às vezes o animal corre doido pela cidade. Por sorte não foi muito longe. Mesmo assim, vai continuar sem um agente de controle para ver como esses animais são transportados do porto para o matadouro”, ressaltou Souza.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que disse criar políticas de fiscalização do translado de animais, mas explicou que a execução das medidas, no entanto, cabe ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas. O órgão estadual não atendeu às ligações. (Folhapress)
Da Redação com OTempo