O Brasil tem nove das dez universidades com maior produção científica da América Latina, segundo a mais recente edição do ranking QS (Quacquarelli Symonds), uma das mais importantes avaliações de educação superior – e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a primeira do estado no ranking.
A avaliação, divulgada na manhã desta quinta-feira (22), também coloca o Brasil como o país latino-americano mais bem representado no ranking. De todas as 428 instituições de ensino avaliadas em 20 países, 98 são brasileiras.
A publicação considera que as instituições de ensino superior brasileiras têm “alto grau de estabilidade” apesar de terem atravessado um período desafiador, com a queda de orçamento no governo de Jair Bolsonaro (PL) e os desafios da pandemia. Segundo o QS, 23 universidades tiveram melhora de posição, 24 diminuíram e 47 permaneceram estáveis no último ano.
“O ensino superior brasileiro tem enfrentado sua parcela de desafios nos últimos anos, sendo os cortes no orçamento, acessibilidade e a pandemia do Covid-19 apenas alguns dos mais relevantes. No entanto, sua resiliência pode ser vista no compromisso consistente em produzir uma quantidade excepcional de pesquisa de alta qualidade”, afirmou Ben Sowter, vice-presidente senior da QS.
A USP (Universidade de São Paulo) mais uma vez foi a universidade brasileira mais bem colocada, em 2º lugar na América Latina. A UFMG ficou em 16º lugar, mantendo a pontuação do ano anterior na classificação.
A classificação dos cursos é feita por meio de seis indicadores: reputação acadêmica, reputação de empregabilidade, citações por faculdade, proporção de professores por aluno e quantidade de docentes e de estudantes internacionais.
Da redação com Folha de São Paulo