Aos 81 anos, o cantor e compositor Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22). Ele havia sido internado às pressas na segunda-feira (21) no Hospital Barra Dór, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
No início de novembro, Erasmo havia celebrado a alta médica após internação de duas semanas no mesmo hospital em que voltou a ser assistido. À época, ele tratava uma síndrome edemigênica – caracterizada pelo excesso de líquido preso nos tecidos do corpo e pode ter diferentes causas, como o mau funcionamento dos rins, fígado ou coração.
Segundo a coluna do jornalismo Guilherme Amado, a esposa de Erasmo, Fernanda, estava ao lado do cantor no momento em que ele faleceu. A causa da morte ainda não foi divulgada.
O músico teve três filhos. O mais velho, o cantor Alexandre Pessoal, morreu em 2014 após sofrer um acidente de moto.
A última publicação do músico nas redes sociais foi no dia 18 de novembro, quando celebrou a vitória do disco “O futuro pertence a… Jovem Guarda” como melhor álbum de rock do ano no Grammy Latino.
Conhecido por apelidos como “Tremendão” e “Gigante gentil”, o músico nasceu em 5 de junho de 1941.
Nos anos 60, iniciou a carreira de sucesso. Antes da carreira solo, Erasmo cultivou parcerias de peso. Em “Os Sputniks”, primeira banda que integrou, dividiu palcos com Tim Maia e Roberto Carlos.
O músico se sagrou, desde então, como um dos expoentes da Jovem Guarda – movimento musical e cultural que perdurou até a década de 70, influenciando o comportamento dos jovens daquele tempo. Esteticamente, o movimento sofreu influência do rock e se inspirava em músicas de cantores como Elvis Presley, Rolling Stones e Beatles, além de se inspirar, visualmente, em figuras como o ator James Dean.
Ao todo, Erasmo lançou 36 discos de estúdio e cinco álbuns ao vivo. Além disso, ele fez participação em ao menos seis filmes – o último deles foi “Modo Avião”, da Netflix, lançado em 2020. Ainda no cinema, em 2019, o ator Chay Suede – atualmente na novela “Travessia”, da Rede Globo – interpretou o músico em sua cinebiografia, “Minha fama de mau”.
Da Redação com O Tempo.