A Polícia Federal desencadeou na manhã desta sexta-feira (27) a terceira fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
Os agentes estão nas ruas com 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.
Presos em Minas
Em Minas, agentes têm três mandados de prisão a cumprir. Um dos alvos, Marcelo Eberle Motta, mora em Juiz de Fora, e o outro, Eduardo Antunes Barcelos, em Cataguases. Ambos foram presos no início da manhã desta sexta. Motta é conhecido como “Marcelo Mito”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que ele apoia.
As pessoas investigadas são acusadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A PF informou que as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
A primeira fase da Lesa Pátria foi desencadeada há uma semana, quando os policiais foram às ruas para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em todo o país. Entre os presos estavam apoaidores do ex-presidente Jair Bolsonaro como Ramiro Junior, de 49 anos, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros.
Ele, que foi candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL nas eleições de 2022 – teve 4.542 votos, ficou como suplente da Câmara dos Deputados – publicava vídeos incentivando ataques aos Três Poderes e a destituição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com intervenção militar.
Já um empresário que mora no Rio de Janeiro e tem um restaurante em Alto Paraíso (GO), na região da Chapada dos Veadeiros, conseguiu escapar da PF ao pular uma janela e o muro de casa.
Na segunda fase da Lesa Pátria. policiais federais prenderam o homem que quebrou um relógio centenário, fabricado na França e trazido ao Brasil por D. João VI e que ficava exposto no Palácio do Planalto. Morador de Catlão (GO), ele estava escondido em Uberlândia (MG).
A PF disponibiliza o e-mail [email protected] para receber denúncias sobre os participantes dos atos criminosos. Denuncie.
Com O Tempo