Criado em 1947 por cientistas nucleares, o simbólico Doomsday Clock nunca esteve tão próximo da meia-noite, significando o fim do nosso planeta.
Na nossa cultura, a ideia do apocalipse não é distante. Crescemos vendo nos cinemas e na literatura centenas de possibilidades para o fim da humanidade. No entanto, o Conselho de Ciência e Segurança do Bulletin of the Atomic Scientists anunciou nesta terça-feira (24) que, mais do que nunca, o nosso planeta está mais perto do fim.
Criado pelos cientistas que trabalhavam no Projeto Manhattan, o relógio foi criado para alertar o planeta sobre os riscos de um potencial apocalipse.
Como funciona o relógio.
É simples, quanto mais perto da meia-noite estiverem os ponteiros, mais próximo estamos do fim do mundo. Este ano, foi anunciado que estamos a 90 segundos da meia-noite.As ameaças da Rússia de usar armas nucleares contra a Ucrânia fomentaram essa situação.
O relógio é uma boa ideia de marketing para impulsionar a discussão, mas não é uma medida precisa de quanto tempo resta no planeta. Apesar da explicação simples, a posição do relógio é determinada por uma série de cálculos matemáticos complexos que medem a verdadeira probabilidade de eventos catastróficos.
Originalmente, o relógio tinha como finalidade medir somente ameaças nucleares. Mas, o Bulletin of the Atomic Scientists decidiu incluir as ameaças contínuas representadas pela crise climática e o colapso das instituições globais que são necessárias para conter os riscos associados às ameaças biológicas – como a covid-19 – nos cálculos.
“Estamos vivendo em uma época de perigo sem precedentes e o Relógio do Juízo Final reflete essa realidade.” diz Rachel Bronson, PhD, presidente e CEO do Bulletin of the Atomic Scientists.
Vale lembrar que o relógio pode ser ajustado, ficando mais próximo ou longe do fim do mundo. Porém, isso depende dos esforços globais para salvar ou contribuir com a destruição do planeta. Não determinando, assim, quanto tempo exatamente ainda resta.
Os cálculos que medem a chance de catástrofes acontecerem são feitos por membros do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos – que inclui 10 ganhadores do Prêmio Nobel. Dessa forma, eles definem a posição dos ponteiros.
Da redação com O Tempo.