Uma pesquisa recente realizada em parceria pelo SX Group, Go Gamers, Blend New Research e ESPM revelou que os jogos eletrônicos e os eSports estão se tornando opções cada vez mais relevantes para carreira e formação no Brasil. Segundo a Pesquisa Game Brasil (PGB) 2023, 58,3% dos gamers acreditam que o setor oferece boas oportunidades de trabalho em áreas como criação de conteúdo, marketing, programação e efeitos visuais para jogos. A pesquisa também mostrou que os jogos são uma das principais formas de entretenimento da população brasileira, com 70,1% dos entrevistados jogando algum tipo de jogo.
Os jogos eletrônicos e os eSports vão muito além do entretenimento, tornando-se uma opção relevante para carreira e formação no Brasil, de acordo com a nova edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), realizada em janeiro deste ano e divulgada em parceria pelo SX Group, Go Gamers, Blend New Research e ESPM. A pesquisa entrevistou 14.825 pessoas em 26 estados do Brasil e no Distrito Federal, e descobriu que 58,3% dos gamers acreditam que o setor de jogos eletrônicos oferece boas oportunidades de carreira.
Os jogadores estão otimistas com as oportunidades de emprego em áreas como criação de conteúdo de jogos (68,3%), publicação ou marketing com jogos (68%), programação de jogos (66%), efeitos visuais para jogos (65,7%) e arte, ilustração ou animação de jogos (65%).
A pesquisa, que completa 10 anos em 2023, revelou que 82,1% dos entrevistados consideram os jogos uma das suas principais formas de diversão e que 70,1% da população brasileira joga algum tipo de jogo. Nos últimos anos, as mulheres dominaram o consumo de jogos eletrônicos, principalmente por conta da sua forte presença nos smartphones e preferência por jogos casuais. Agora, os homens representam a maioria dos jogadores, com 53,8% em relação a 46,2% de mulheres.
A pesquisa também mostrou que não há idade certa para jogar, e que a atividade já está presente em praticamente todas as faixas etárias. A maioria dos jogadores brasileiros tem entre 25 e 29 anos (16,2%), seguidos por jovens de 20 a 24 anos (15,1%), adultos de 30 a 34 anos (16,1%) e pessoas de 35 a 39 anos (15,5%). Brasileiros com 45 anos ou mais também jogam em grande quantidade, representando 15,8% dos jogadores.
Em relação à etnia, a maioria dos jogadores brasileiros é negra (54,1%), enquanto pessoas que se declaram brancas representam 42,2% dos jogadores. E em termos de classe social, a maioria dos jogadores pertence à classe média (B2, C1 e C2), com 65,7%, seguida por pessoas de classe média-alta (B1) com 11,7%, classe A com 12,3% e base da pirâmide (classes D e E) com 10,4%.
A PGB 2023 indica uma clara transformação nos modelos de negócios na indústria dos jogos eletrônicos no Brasil. Dos entrevistados, 24,8% gastaram até R$ 100,00 em jogos no último ano, enquanto 29,2% desembolsaram entre R$ 101,00 e R$ 500,00. A disponibilidade de jogos gratuitos no mercado levou 39% dos jogadores a preferir baixar somente jogos gratuitos.
Além dos jogos, os jogadores brasileiros gastam dinheiro em outros conteúdos pagos, como moedas virtuais, expansões de jogos e itens de melhoria. Em relação a serviços online, a maioria não paga por eles. Em relação aos equipamentos, a maioria afirmou não ter gasto nada. Em relação aos produtos relacionados ao segmento, muitos entrevistados gastaram dinheiro em camisetas/vestuário, objetos para casa e acessórios de moda.
Os eSports estão se tornando importantes para jogadores eletrônicos no Brasil, com quase metade dos entrevistados participando de competições que oferecem grandes prêmios. Embora a maioria não receba dinheiro por jogar, há uma crescente participação em apostas. Durante a pandemia, houve um aumento significativo no consumo de eSports, consolidando novos perfis de consumidores. Os jogos eletrônicos são vendidos como serviços, e a monetização é feita por meio de modelos fremium, venda de itens virtuais, assinaturas e cancelamento de publicidade.
Da redação, Djhessica Monteiro.
Fonte: Forbes.