A Petrobras, liderada por Jean Paul Prates, realizará uma reavaliação dos preços dos combustíveis e divulgará sua nova estratégia de precificação. Prates enfatizou a importância do equilíbrio entre estabilidade e volatilidade nos preços, evitando extremos passados. A empresa seguirá referências internacionais e considerará a competitividade regional. Prates também mencionou a redução dos preços do diesel, gasolina e GLP durante seus primeiros 100 dias de gestão. A nova política levará em conta a relação entre atratividade e abdicação de vantagens. O objetivo é fortalecer a presença nacional da Petrobras, com investimentos significativos pelo país.
Em entrevista coletiva sobre os resultados da empresa, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, anunciou que a companhia realizará uma “reavaliação” dos preços dos combustíveis na próxima semana, além de divulgar informações sobre sua nova estratégia de precificação.
Prates ressaltou que o critério adotado para os preços será o equilíbrio entre estabilidade e volatilidade. Ele destacou a importância de evitar extremos, como a falta de reajustes nos anos de 2006 e 2007, e a alta frequência de 118 reajustes em um único combustível, que ocorreu em 2017 e resultou na greve dos caminhoneiros, conforme relatado pelo Estadão.
O presidente afirmou que a Petrobras continuará seguindo as referências internacionais de preços do petróleo e derivados, bem como a competitividade nos mercados regionais. Ele enfatizou que, sempre que possível, a empresa aguardará para responder a instabilidades pontuais no mercado internacional, buscando manter a estabilidade em benefício dos clientes. Ele complementou: “Há possibilidade de haver reajuste? Sim. Na próxima semana, iremos reavaliar alguns combustíveis”.
Prates destacou que, nos primeiros 100 dias de sua gestão, os preços do diesel praticados pela Petrobras tiveram uma redução de 23%, da gasolina de 4% e do GLP (gás de cozinha) de 19%.
Além disso, ele mencionou que a nova política de preços será orientada pela relação entre atratividade e abdicação de vantagens. Segundo Prates, a prática do chamado preço de paridade de importação (PPI) levava a uma “abdicação absoluta” das vantagens nacionais, como ter refinarias próximas aos consumidores, uma estrutura própria de escoamento e transporte, além de fontes de petróleo e capacidade de refino no país.
O presidente reiterou seu objetivo de tornar a Petrobras uma empresa “novamente nacional”, com presença em todas as regiões do Brasil. Ele destacou os investimentos de US$ 2,5 bilhões realizados no primeiro trimestre como prova desse compromisso com a expansão da empresa pelo país.
Da redação com Estadão.