O café é uma bebida muito apreciada no Brasil e, segundo divulgaod pelo IBGE, é mais consumida do que a cerveja no país. Em torno do consumo da bebida está a eterna polêmica sobre a utilização ou não de açúcar. Estudiosos da área não indicam o uso dos carboidratos cristalizados, porém o gosto popular bate de frente com a indicação.
Mesmo que muitas pessoas saibam que a adição de açúcar no café tenha como principal função mascarar imperfeições de determinados tipos, o costume é forte e presente na rotina dos brasileiros. Os cafés ‘extrafortes’ (também conhecidos como comerciais) são produzidos com um torra de grãos escura e moagem bem fina para que as impurezas (café verde, podre, galhos etc.) sejam disfarçadas.
“O café comercial é queimado para que não sinta o gosto dele. Por isso, muitas pessoas acham que o café deve ser preto, amargo. Mas, na verdade, ele é naturalmente adocicado quanto passa por uma torra adequada”, comenta a barista Júlia Fortini, a 10ª melhor do mundo em preparo de café pelo Campeonato Mundial de Brewers (World Brewers Cup).
À frente da Academia do Café, Júlia conta que, embora não recomende a adição de qualquer tipo de açúcar ao café, entende que o desejo das pessoas deve ser respeitado. “Aqui [na cafeteria] não é uma imposição, pois se trata de uma questão de gosto”, diz a barista que completa dizendo que existe uma placa no estabelecimento com um convite e os seguintes dizeres: “Ja provou seu café sem açúçar?”.
Desde 2013 no mercado como barista, Júlia acredita que o número de pessoas que está deixando de lado adoçantes e afins na hora de degustar um café vem aumentando. “Noto uma evolução enorme na diminuição de consumo de açúcar. Acredito que está muito relacionado com hábito”, avalia.
Café com açúcar nas redes sociais é sinônimo de polêmica
Assim como a polêmica sobre se o correto é chamar de biscoito ou bolacha ganhou espaço constante nas redes sociais, a discussão em torno do uso ou não de açúçar/adoçante no café também se mantém viva.
Com O Tempo