Após a confirmação de oito casos de gripe aviária (H5N1) em animais silvestres no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decretou, nesta terça-feira (23), estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional.
A medida vale por 180 dias, sendo necessária para evitar que a doença afete a produção industrial de aves, assim como para preservar a saúde humana e de outros animais.
No entanto, diante do surto, começam a surgir dúvidas sobre a segurança do consumo de frango e ovos. De acordo com o Mapa, o contágio em humanos pelo vírus Influenza H5N1 pode ocorrer, principalmente, por meio do contato direto com aves doentes, vivas ou mortas.
“O vírus da Influenza aviária é transmitido pelo contato direto com aves infectadas. Esse contato pode ser pela eliminação de fezes e também por secreção respiratória”, explica a veterinária Raquel Santos, coordenadora do curso de Medicina Veterinária das Faculdades Kennedy.
A graduação em Medicina Veterinária das Faculdades Kennedy forma profissionais capazes de atuar nas diversas áreas do conhecimento, como Clínica, Produção Animal, Inspeção e Tecnologia dos Produtos de Origem Animal e Saúde Pública.
O Ministério da Agricultura também orientou criadores e produtores de aves a não recolherem animais doentes ou mortos, devendo acionar o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.
A professora ressalta que as aves infectadas com o H5N1 apresentam sintomas como andar cambaleante e “pescoço deitado”. Criadores devem estar atentos ao aumento de mortalidade na granja. “Não se deve tocar e nem recolher aves doentes, e comunicar as autoridades sanitárias”, orienta Raquel Santos.
Consumo seguro
Nesta terça-feira (23), a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa) informou que os casos de gripe aviária confirmados em aves silvestres no Brasil acenderam um sinal de alerta entre produtores industriais no país e destacou que animais enfermos não são usados na produção de alimentos.
A Abpa garantiu ainda que é “totalmente seguro” o consumo da carne e dos ovos das aves, e ressaltou que não há dados epidemiológicos que indiquem que a doença possa ser transmitida ao homem por meio de alimentos cozidos. Segundo a associação, a constatação é relatada por todos os órgãos internacionais de saúde animal e humana.
“Após o abate sanitário as aves doentes são destinadas para um aterro indicado pela secretaria de meio ambiente local”, destaca Raquel Santos.
A Abpa reforçaou ainda que o contágio por humanos é extremamente raro e que quando acontece, geralmente, está relacionado ao manejo direto das aves infectadas.
Influenza aviária
A Influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. De acordo com o Ministério da Agricultura, atualmente o mundo vivencia a maior pandemia de H5N1 de alta patogenicidade, e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com as de criação, de produção ou silvestres locais.
O Governo Federal destacou que não há mudanças no status de área livre da versão de alta patogenicidade da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial. Além disso, o governo disse que a entidade internacional não deve impor restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.
Faculdades Kennedy
A graduação em Medicina Veterinária das Faculdades Kennedy visa suprir uma necessidade cada vez maior por profissionais qualificados. O curso procura cobrir diversas áreas do conhecimento como Clínica, Produção Animal, Inspeção e Tecnologia dos Produtos de Origem Animal e Saúde Pública.
A matriz curricular é moderna, preparando o aluno para o exercício da Medicina Veterinária não apenas em seu sentido estrito, mas vinculado à promoção da cidadania. Isso porque a rapidez das transformações sociais e tecnológicas no mundo contemporâneo exige que o curso seja dinâmico e aberto às mudanças.
Com Hoje em Dia