O Google anunciou nesta quinta-feira (13) o lançamento do Bard, concorrente do ChatGPT da OpenAI, em mais 50 países, incluindo Brasil e países da União Européia, que antes a empresa evitava por questões regulatórias. Para usar o Bard, basta visitar bard.google.com e solicitar que ele execute uma tarefa.
O Bard é uma ferramenta de inteligência artificial (IA) capaz de gerar texto, traduzir idiomas, escrever diferentes tipos de conteúdo criativo e responder às suas perguntas de forma abrangente e informativa. Ele ainda está em desenvolvimento, mas já aprendeu a realizar muitos tipos de tarefas, incluindo
- Seguir suas instruções e completar seus pedidos com atenção.
- Usar seu conhecimento para responder às suas perguntas de forma abrangente e informativa, mesmo que sejam abertas, desafiadoras ou estranhas.
- Gerar diferentes formatos de texto criativo, como poemas, código, scripts, peças musicais, e-mails, cartas, etc. Ele tentará o seu melhor para cumprir todos os seus requisitos.
O Google apresentou sua própria ferramenta de IA em fevereiro como uma resposta ao ChatGPT, um software desenvolvido pela OpenAI e amplamente financiado pela Microsoft.
“O Bard está disponível na maioria dos países do mundo e nas línguas mais faladas”, afirmou um comunicado de imprensa no blog da empresa americana. “Como parte de nossa abordagem ousada e responsável à IA, colaboramos proativamente com especialistas, formuladores de políticas e reguladores de privacidade nessa expansão”, afirmou o Google.
O atraso no lançamento do Bard na UE foi visto como uma medida de precaução pelo Google em resposta ao desejo do bloco de regular os algoritmos de IA, que levantam preocupações sobre privacidade, propriedade intelectual e desinformação.
O Bard era inicialmente uma ferramenta trilíngue (inglês, japonês e coreano), mas agora pode se expressar em quase 40 idiomas, incluindo português, árabe, alemão, chinês, espanhol, francês e hindi, de acordo com o Google.
Ele também pode fornecer respostas verbais, adaptar o estilo de suas respostas à linguagem informal ou profissional e extrair informações de uma imagem. O Bard é capaz de retomar uma conversa temporariamente suspensa, recurso já disponível no ChatGPT.
Os chatbots apresentam-se como uma alternativa às tradicionais pesquisas online e ganharam uma popularidade significativa desde o lançamento do ChatGPT em novembro de 2022.
Esta aplicação já está integrada no portal de pesquisa Bing e outras ferramentas do grupo americano Microsoft. A inteligência artificial, que gera resultados semelhantes ao raciocínio humano, está avançando rapidamente.
O Google possui um aplicativo de IA especializado em medicina chamado Med-PaLM, que passou recentemente nos exames exigidos para exercer a medicina nos Estados Unidos.
Os chatbots têm a capacidade de escrever ensaios acadêmicos em segundos, gerar imagens realistas e imitar vozes humanas.
Vários países já presenciaram uma nova forma de fraude ou extorsão: receber um telefonema onde uma voz muito parecida com a de um parente anuncia que sofreu um acidente ou sequestro e precisa de dinheiro.
Os Estados Unidos e a UE iniciaram uma colaboração para redigir um “código de conduta” comum em resposta a esse desafio. A primeira versão do texto poderá ser apresentada em breve.
Em 30 de maio, líderes da indústria, incluindo o CEO da OpenAI, Sam Altman, divulgaram uma declaração incomum declarando que o “risco de extinção” para a humanidade é real. A declaração argumentou que a Inteligência Artificial deve ser uma prioridade global ao lado de outros riscos sociais, como pandemias ou guerra nuclear.
O lançamento do Bard é um passo importante no desenvolvimento da IA e é provável que tenha um impacto significativo em nossa sociedade. É importante usar essas ferramentas de forma responsável e ética, e é importante estar ciente dos riscos potenciais associados à IA.
Da redação
Fonte: AFP