O governo federal deu 48 horas para o Google e a Meta (dona do Facebook e Instagram) removerem anúncios falsos do Desenrola Brasil, usados por golpistas para enganar endividados nas redes sociais. A Senacon, órgão ligado ao Ministério da Justiça, ameaçou multá-los em R$ 150 mil por dia caso não cumpram a solicitação. Além disso, as empresas devem apresentar um relatório de transparência sobre suas medidas para conter a propagação de conteúdos fraudulentos. O programa Desenrola Brasil permite a renegociação de dívidas diretamente com os bancos, mas golpistas têm se aproveitado para enganar consumidores com promessas falsas de quitação de dívidas através de links fraudulentos.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, determinou que as gigantes de tecnologia, Google e Meta (empresa responsável pelo Facebook e Instagram), retirem imediatamente os anúncios falsos relacionados ao programa Desenrola Brasil. Esses anúncios têm sido utilizados por golpistas com o intuito de enganar pessoas endividadas através das redes sociais.
A decisão foi comunicada por meio do despacho 1.191, publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (26). O governo deu um prazo de 48 horas para que as plataformas cumpram a solicitação de remoção dos conteúdos enganosos. Em caso de não acatamento da medida, as empresas poderão ser multadas em R$ 150 mil por dia.
A Senacon também exigiu que tanto o Google quanto a Meta apresentem um relatório de transparência no prazo de até dez dias. Neste documento, as big techs deverão explicar quais são as medidas adotadas pelas empresas para limitar a propagação de materiais fraudulentos e enganosos em suas plataformas.
O programa Desenrola Brasil foi lançado recentemente para facilitar a renegociação de dívidas diretamente com os bancos credores. No entanto, criminosos têm se aproveitado dessa iniciativa para ludibriar consumidores, prometendo quitar suas dívidas através de um link fraudulento. Diante dessa situação, o governo agiu de forma enérgica para combater a disseminação desses anúncios falsos e proteger os cidadãos de possíveis golpes financeiros.
Da redação