Os depósitos compulsórios são os recursos que os bancos são obrigados a deixar no BC. Essa é uma forma que a autoridade monetária tem para controlar a quantidade de dinheiro disponível no mercado.
No final de outubro, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o objetivo da decisão era “tornar mais eficaz” a medida de estímulo à compra de carteiras de pequenos bancos por grandes instituições, com expectativa de direcionamento de R$ 28 bilhões para esse fim.
Com o agravamento da crise financeira internacional, os bancos pequenos foram mais atingidos pela restrição de recursos no mercado e a venda de carteira é um meio de ter mais dinheiro disponível.
A decisão era uma forma de pressionar as instituições financeiras maiores a repassarem os recursos para as menores, uma vez que havia denúncias de que alguns bancos estariam comprando títulos ao invés de fazer as aplicações estimuladas pela autoridade monetária.
Em sentido contrário, ontem (13) o BC estabeleceu mudança em outro tipo de recolhimento obrigatório: o compulsório adicional sobre os depósitos a prazo, à vista (conta corrente) e em caderneta de poupança. A partir do próximo dia 1º de dezembro, esse recolhimento não será feito em dinheiro, mas em títulos públicos. Atualmente, a remuneração desse compulsório em dinheiro é feito pela taxa básica de juros, a Selic. Depois do dia 1º, a remuneração vai depender de cada título.
AGÊNCIA BRASIL