Golpistas têm utilizado artifícios para adquirir chips pré-pagos de celular em nome de terceiros, aproveitando-se da facilidade em obter números de CPF. Essa prática levou as operadoras Vivo, Claro, TIM, Algar e Sercomtel a criarem o site Cadastropre.com.br, que permite aos usuários verificar se há algum chip pré-pago registrado em seu nome.
O procedimento é simples: os cidadãos inserem o número do CPF no site e, se encontrarem alguma linha de celular vinculada a ele, podem denunciar a fraude às operadoras, solicitando o cancelamento. A iniciativa, em vigor desde 2020 e apoiada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), busca mitigar golpes com chips pré-pagos.
- Como consultar se tenho um chip pré-pago?
- Acesse o site cadastropre.com.br
- Na página inicial, clique em consultar
- Digite seu CPF e clique abaixo para informar que é um humano
- Na página seguinte, aparecerá uma imagem de animal; clique ao lado para informar qual é o animal da foto e vá em próximo
- Se necessário, responda mais perguntas para mostrar que não é um robô tentando fazer a consulta
- Depois vá em “Consultar”
- Se não houver nenhum celular em seu nome, aparecerá a seguinte mensagem “Em todo território nacional, o CPF consultado não possui linha pré-paga ativa nas Prestadoras participantes.”
- As informações são atualizadas a cada 30 dias
- Se necessário, faça uma nova consulta
- Se houver algum chip no nome do consumidor, será informado em qual operadora foi registrados do cadastro.
Não são oferecidas demais informações devido a questões de sigilo e privacidade. Dados como nome do consumidor, número do telefone e a quantidade de linhas são omitidos.
Apesar das medidas adotadas para a habilitação de novos chips, ainda é possível que os consumidores tenham linhas não reconhecidas em seus nomes. Nesse caso, a Anatel orienta entrar em contato com a prestadora indicada e, se necessário, solicitar o cancelamento da linha.
A Associação Brasileira de Telecomunicações, Conexis, ressalta que essa iniciativa contribui para manter a base cadastral da telefonia móvel precisa e atualizada, garantindo maior segurança aos clientes. A digitalização de serviços, embora facilite a vida dos consumidores, também pode expor dados pessoais, aumentando o risco de fraudes.
O advogado Lucas Marcon, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), elogia a iniciativa das operadoras como uma forma de permitir que os consumidores monitorem suas linhas pré-pagas ativas e identifiquem possíveis cadastros fraudulentos.
Em casos de linhas pré-pagas ativas não reconhecidas, recomenda-se entrar em contato com a operadora para verificar a autenticidade. Caso contrário, há risco de suspensão dos serviços após 15 dias de notificação sobre a recarga pendente. O bloqueio parcial ou total pode ocorrer, limitando as funcionalidades da linha. Se a linha for perdida, o consumidor terá 30 dias para recarregar, caso contrário, será necessário adquirir um novo chip com número diferente.
Da redação com Folhapress