O Ibovespa está em queda, registrando o décimo pregão consecutivo de resultados negativos, o que marca a mais extensa série de quedas em quase quatro décadas.
As negociações na bolsa de São Paulo na sessão dessa segunda-feira (14) foram influenciadas pelo declínio dos preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, nos mercados internacionais. Além disso, a agenda local está focada no desempenho da atividade econômica, medida pelo IBC-Br.
A temporada de balanços no Brasil está chegando ao fim nesta semana, incluindo uma série de resultados que serão divulgados após o fechamento da B3. A Embraer já apresentou seus números antes da abertura do mercado.
Às 10:50, o Ibovespa estava com queda de 1,06%, atingindo 116.816,66 pontos. O mercado também está atento aos vencimentos do índice futuro nesta quarta-feira(16) e das opções sobre ações na sexta-feira. O volume financeiro negociado alcançou 4,57 bilhões de reais.
No penúltimo pregão, o Ibovespa caiu 0,24%, marcando a nona queda consecutiva, o que não ocorria desde fevereiro de 1995. Apenas em um período entre o final de janeiro e o começo de fevereiro de 1984, o índice ficou em baixa por 11 pregões, de acordo com dados da Refinitiv.
Analistas da BB Investimentos observam que, de acordo com a análise gráfica, a correção das últimas semanas deve continuar de forma menos intensa.
“E mesmo após nove sessões consecutivas de queda, ainda não identificamos fatores que apontem para uma recuperação do Ibovespa nos próximos dias”, afirmaram em nota aos clientes. Eles calculam que, se o índice fechar abaixo dos 117 mil pontos, ele pode voltar ao patamar de 114 mil pontos.
A equipe da XP Investimentos destaca que as discussões sobre o Orçamento de 2024 devem dominar a pauta fiscal nesta semana, já que as propostas precisam ser enviadas até o dia 31 de agosto, juntamente com a aprovação do novo arcabouço fiscal. Mudanças relacionadas ao novo marco fiscal também estão sendo acompanhadas.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 estava apresentando uma variação negativa de 0,18%, influenciado pelo declínio das ações da Tesla. Os investidores estão aguardando os resultados trimestrais das grandes varejistas do país e os dados ao longo da semana para avaliar a robustez dos gastos dos consumidores.
Da Redação com terrabrasilnoticias.com