Policiais federais prenderam um pastor evangélico e uma cantora gospel na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, na manhã desta quinta-feira (17). Também foram presos os influencers bolsonaristas Rodrigo Lima e Isac Ferreira.
Os agentes foram às ruas para cumprir 10 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. Os alvos são suspeitos de financiarem e incentivarem os atos criminosos do 8 de janeiro.
Até as 7h30, 8 dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos. No Distrito Federal, a PF prendeu Isac Ferreira, que se apresenta em redes sociais como “gerente” e vende cursos. Em ao menos dois posts no antigo Twitter, ainda disponíveis, ele usa o termo “Festa da Selma” em referência aos atos de de janeiro.
Na Paraíba, agentes federais prenderam Rodrigo Lima, que se apresenta nas redes sociais como “gestor público”. Ele também publicou mensagens em redes sociais falando da “Festa da Selma”, dias antes dos ataques de 8 de janeiro.
“O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, diz a PF em nota.
Pastor está lotado no gabinete do presidente da Câmara de Blumenau (SC)
Já o pastor Dirlei Paiz foi preso em Blumenau (SC). Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o religioso fez diversas publicações nas redes sociais com ataques ao sistema eleitoral brasileiro e a favor de uma intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República em 1º de janeiro de 2023.
Paiz ocupa atualmente o cargo de coordenador técnico do gabinete do presidente da Câmara de Blumenau, Almir Vieira. Ele recebe um salário de R$ 5.075, conforme o Portal da Transparência.
Dirlei Paiz participou ativamente da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Assim como a cantora gospel Fernanda Ôliver, também apoiadora de Bolsonaro. Ela chegou a transmitir a invasão aos prédios públicos, ao vivo, nas redes sociais. Chamada de “musa” por bolsonaristas, Ôliver participou ativamente do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
Com O Tempo