Na manhã desta quinta-feira (31), uma operação policial em Goiânia, capital de Goiás, resultou na prisão de três indivíduos suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa especializada em extorsão pela internet. A quadrilha, composta por uma mulher de 23 anos e dois homens de 23 e 26 anos, admitiu envolvimento nos delitos. As principais vítimas desse esquema eram autoridades localizadas no Distrito Federal.
As investigações, iniciadas em março deste ano, revelaram que o grupo utilizava o aplicativo de relacionamento Grindr, que atende à comunidade LGBTQIAPN+, como meio de contato com suas vítimas. Após estabelecerem conexão por meio do aplicativo, os criminosos solicitavam imagens de natureza íntima das vítimas, a maioria delas ocupando cargos de destaque nos poderes Judiciário e Executivo. Os detalhes dessa trama foram revelados pela coluna “Na Mira”, do portal Metrópoles.
Uma vez em posse das imagens sensíveis, a quadrilha iniciava suas chantagens, exigindo pagamentos que chegavam a R$20 mil para evitar a divulgação das fotos comprometedoras em plataformas de mídia social. As autoridades policiais do Distrito Federal revelaram que, mesmo após o pagamento do resgate, os criminosos não hesitavam em compartilhar as imagens.
Com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC), vinculada à Polícia Civil de Goiás, a operação resultou na apreensão de quatro aparelhos celulares, cinco discos rígidos (HDs), um pendrive, uma máquina de cartão e múltiplos chips de telefone.
Os suspeitos enfrentarão acusações de extorsão qualificada, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que revelam a complexidade e alcance das atividades ilícitas dessa organização criminosa.
Da redação com Itatiaia