A região Sul do Brasil enfrenta uma terrível tragédia natural à medida que um ciclone extratropical assola o Rio Grande do Sul, deixando em seu rastro um número chocante de 28 mortes. O evento meteorológico se consolida como o maior desastre natural já registrado no estado.
Os estragos provocados pelo ciclone são devastadores, com mais de 4,5 mil pessoas desalojadas e inúmeras residências danificadas devido aos intensos ventos, chuvas torrenciais e granizo que acompanharam sua passagem.
As autoridades estaduais estão empenhadas em avaliar a extensão da destruição causada por esse fenômeno climático que assolou a região entre segunda-feira, 4 de setembro, e terça-feira, 5 de setembro. A Defesa Civil do Estado confirmou, nesta quarta-feira, 6 de setembro, a descoberta de seis corpos adicionais no município de Roca Sales, elevando o trágico número de óbitos para 27 nas áreas impactadas pelas enchentes no Vale do Taquari. Além disso, uma vítima fatal foi registrada em Santa Catarina.
Desde o início das enchentes, na madrugada de segunda-feira, as equipes de resgate têm trabalhado incansavelmente para localizar sobreviventes e recuperar os corpos das vítimas.
O governador Eduardo Leite (PSDB) expressou seu compromisso em fornecer assistência às vítimas e unir forças para enfrentar essa adversidade.
Ele declarou: “Não tem sido um ano fácil para o Rio Grande do Sul. Mas nosso povo é resiliente e forte, e nós vamos estar unidos para superar essa adversidade, com toda a estrutura, com os servidores públicos, os militares, civis, voluntários, ações, prefeituras, sociedade civil engajada. Cada vida perdida não pode ser reposta, a gente lamenta cada uma delas. Vamos dar todo suporte para essas famílias”.
Até a última terça-feira, o estado gaúcho já havia registrado 21 mortes, com 15 corpos encontrados somente no município de Muçum, onde mais de 80% da cidade ficou alagada. Nas palavras do governador Eduardo Leite (PSDB), “é o maior volume de mortes em um evento climático no Estado do Rio Grande do Sul”.
As preocupações persistem, pois novas áreas de instabilidade devem afetar o RS nos próximos dias, com previsão de fortes chuvas, temporais, ventania e queda de granizo. A Defesa Civil do estado já emitiu alertas de inundação para os rios Taquari, Caí e das Antas.
Além das vítimas fatais, mais de 4,5 mil pessoas ficaram desalojadas no Rio Grande do Sul, e a região enfrenta ainda o desafio da recuperação das muitas casas danificadas devido aos elementos desencadeados pelo ciclone, incluindo a queda de energia em dezenas de cidades e pontos de alagamento persistentes.
Da redação
Fonte: Estadão