A Petrobras está considerando ajustar os preços da gasolina e do diesel no mercado interno brasileiro. O barril do petróleo do tipo Brent aumentou em 35% nas últimas semanas, oscilando entre US$ 90 e US$ 95. Há previsões de que o preço do barril do Brent possa até mesmo ultrapassar os US$ 100.
Tanto árabes quanto russos estão reduzindo sua oferta para impulsionar os preços do petróleo e de seus derivados. De acordo com importadores, atualmente, os preços internos no Brasil estão significativamente defasados em comparação com os valores internacionais. A diferença para o diesel está em torno de 13% a 14%, enquanto a da gasolina está em cerca de 10%.
O ex-diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Aurélio Amaral, comentou sobre a possibilidade de um novo aumento nos preços do diesel e da gasolina. Ele afirmou: “A expectativa é que haja um novo reajuste, como um teste da nova política da Petrobras, uma vez que importamos 30% da nossa demanda de diesel. A alta cúpula da Petrobras está avaliando diariamente até quando é viável manter os preços atuais dos dois combustíveis”.
Rússia restringe exportação de óleo diesel e gasolina
Além disso, o governo da Rússia anunciou que temporariamente limitará as exportações de gasolina e diesel para evitar escassez no mercado interno. Isso ocorre devido ao aumento dos preços da gasolina no mercado doméstico, que atingiu um patamar histórico. O enfraquecimento do rublo, juntamente com os preços internacionais mais altos do petróleo e a temporada de manutenção de refinarias, que limita a oferta, são fatores contribuintes para esse aumento. Essa medida russa vem após a decisão anterior de prolongar um corte voluntário nas exportações de petróleo, em coordenação com a Arábia Saudita, com o objetivo de sustentar os preços globais.
Da Redação com Hojemais