Uma jovem, de 22 anos, desenvolveu uma lesão no olho chamada retinopatia solar, um dano foto-traumática na retina, após visualizar o eclipse solar anular sem proteção no sábado (14), em Natal (RN).
A potiguar procurou uma oftalmologista e relatou estar com uma mancha na vista depois de ter olhado diretamente para o sol. A informação foi confirmada pelo médico responsável pelo atendimento, Jaime Martins, do Hospital dos Olhos de Parnamirim.
O eclipse solar do sábado (14) foi um espetáculo para milhões de pessoas nas Américas à medida que a Lua se movia e o anel se formava. No Brasil algumas cidades conseguiram assistir o fenômeno de forma parcial, enquanto em outras localidades foi possível observar a formação do “anel de luz” completo.
Dias antes do eclipse solar anular acontecer, especialistas alertaram para os cuidados necessários para assistir ao fenômeno, que deveria ser visto apenas com proteção adequada, como o filtro de solda número 14. Caso contrário, a exposição poderia ocasionar danos, o que aconteceu com a jovem potiguar.
Segundo o oftalmologista é possível recuperar a visão total ou parcialmente. No entanto, o processo de recuperação é lento e pode demorar de 6 meses a 1 ano. Enquanto em outros casos, o paciente pode ficar com sequelas, como, por exemplo, atrofia.
“A retinopatia solar é uma afecção que acomete a mácula, que é a região central da retina, onde a gente tem a formação da visão de detalhes e causada diretamente pela exposição a uma fonte de luz. É bastante comum quando ocorre eclipse porque muitas pessoas olham diretamente para o sol por um tempo prolongado. Esse tempo prolongado são alguns segundos mesmo, não é coisa de ficar horas não, mas pode ser até olhando para uma outra fonte de luz por um tempo prolongado. A luz causa uma lesão nas camadas mais internas da retina e é realmente como se fosse uma queimadura dessas regiões”, explicou Jaime.
O profissional esclarece também que o diagnóstico (da lesão) é feito através do exame de fundo de olho e da retinografia.
Com O Tempo