No encerramento do ano de 2023, as empresas estatais brasileiras enfrentam um déficit considerável, previsto em cerca de R$ 6 bilhões. Esse desequilíbrio financeiro poderá ser compensado pelo Tesouro Nacional, algo que não ocorria há oito anos.
Nos últimos cinco anos, as estatais federais mantiveram superávits, com exceção de 2020, quando registraram um déficit de R$ 600 milhões devido à pandemia da Covid-19. Em contrapartida, 2021 apresentou um superávit de R$ 3 bilhões e o ano anterior quase R$ 5 bilhões positivos. Entre 2012 e 2017, elas operaram no vermelho, sendo sustentadas pelo aporte do governo.
Para 2023, as projeções indicam um rombo superior ao previsto, estimando um déficit próximo a R$ 6 bilhões, que poderá ser coberto pelo Tesouro Nacional. Estatais como Dataprev, INB, Emgepron e Correios estão entre as que podem ter resultados negativos maiores que o inicialmente previsto.
Houve uma mudança nos gastos das empresas estatais com o novo governo, priorizando investimentos que podem afetar o equilíbrio de curto prazo, mas visam a retomada e eventual reequilíbrio futuro das contas.
A privatização da Eletrobras é apontada como um fator que influenciou a revisão das metas fiscais, trazendo a Eletronuclear para as estatísticas fiscais. Economistas apontam que a saída da Eletronuclear da Eletrobras e a reestruturação geraram novos custos, contribuindo para o aumento do déficit.
Apesar disso, os especialistas ressaltam que o problema não se limita à Eletronuclear, citando também os Correios e o Serpro como contribuintes para o déficit total das estatais, alcançando R$ 5,6 bilhões.
Há expectativas de reequilíbrio futuro, porém, a preocupação principal dos economistas recai sobre o desempenho das estatais e a qualidade dos serviços prestados à população. Destacam a importância de uma alocação eficiente de recursos, pois muitas estatais não utilizam de maneira adequada os fundos públicos, impactando negativamente o retorno para a sociedade.”
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Da Redação com G1