Em reunião nesta sexta-feira (1º), diretoria colegiada da agência analisará se abrirá consulta pública sobre o tema
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia se regulamentará cigarros eletrônicos no Brasil. A decisão será tomada em reunião da diretoria colegiada da agência nesta sexta-feira (1º).
Atualmente, a comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no país. No entanto, o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.
Em 2022, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar. O documento, porém, não é vinculante, e a agência pode decidir por uma regulamentação.
A consulta pública, caso seja aberta, seria uma oportunidade para a sociedade civil e especialistas opinarem sobre o tema.
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, são dispositivos que vaporizam um líquido que pode conter nicotina, aromatizantes e outras substâncias.
A Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que os cigarros eletrônicos podem causar riscos à saúde, incluindo dependência de nicotina, doenças respiratórias e câncer.
Ainda não há consenso científico sobre os efeitos dos cigarros eletrônicos à saúde. No entanto, um estudo publicado em 2020 na revista científica Nature mostrou que o uso de cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de doença pulmonar aguda.
O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).
Da redação
Fonte: O Tempo