O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está planejando implementar a Inteligência Artificial (IA) como uma ferramenta para identificar possíveis irregularidades em atestados médicos enviados ao órgão para solicitar benefícios, como o auxílio-doença.
Prevê-se que um novo sistema com robôs, encarregados de examinar bancos de dados em busca de possíveis fraudes, seja colocado em prática ainda neste mês. Segundo o INSS, a ferramenta estará totalmente operacional no início de 2024.
Este sistema visa aprimorar a verificação de dados, principalmente na plataforma Atestmed, usada pelos segurados para enviar documentos médicos de forma digital através do site ou do aplicativo Meu INSS. O objetivo é identificar fraudes, substituindo o método atual de verificação de atestados por amostragem.
A nova tecnologia também irá analisar informações como a identificação dos médicos, registros no CRM, a autenticidade da assinatura dos profissionais e padrões de envio a partir do mesmo IP.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, enfatizou que indivíduos que tentem fraudar atestados médicos enfrentarão consequências legais.
“Já detectamos alguns casos, que foram encaminhados à Polícia Federal para as devidas providências. Aqueles que apresentarem atestados médicos falsos responderão criminalmente”, alertou.
Recentemente, o INSS adotou diversas medidas para reduzir a fila de solicitações de aposentadorias, pensões ou auxílios-doença. Isso inclui o uso da plataforma do INSS para envio de documentação, incentivos financeiros para servidores que trabalham fora do horário regular e o atendimento remoto via telemedicina no âmbito do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS).
De acordo com o Portal da Transparência Previdenciária, em setembro, aproximadamente 1,63 milhão de pedidos aguardavam análise, com diferentes prazos de espera. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou que o governo tem como meta atender todas as solicitações de aposentadorias, pensões e auxílios em até 30 dias até dezembro de 2024, reduzindo o prazo legal em 15 dias.
Da Redação com Agência Brasil