O mercado financeiro brasileiro ‘virou a chave’ após a publicação do boletim Focus, do Banco Central; agora, os especialistas acreditam que sim, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional será maior do que o esperado no terceiro trimestre de 2023.
É a primeira vez desde 25 de setembro que o mercado revisa para cima este dado, de acordo com o jornal Folha de São Paulo. Desde então, a previsão era mantida ou caía na comparação semanal (desta vez, é previsto o crescimento de 2,92%). Os analistas também subiram a expectativa para o próximo ano (de 1,5% para 1,51%) e para 2025 (de 1,9% para 2%).
O resultado vem na esteira do PIB divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (5), que apontou leve variação positiva de 0,1% no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores. O resultado superou a expectativa do mercado, que esperava uma contratação de 0,3% no período, de acordo com a agência Bloomberg. Após o resultado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que espera fechar o ano com um PIB de 3%.
O boletim Focus também mostrou uma redução na previsão da inflação deste ano para 4,51%. Na semana passada, o mercado previa 4,54%, na primeira elevação desde 11 de setembro na comparação semanal. A tendência de diminuição na expectativa da inflação vem firme desde o começo de outubro. Em 9 de outubro, o mercado previa 4,86%. Desde então, foram sete reduções em relação à semana anterior, uma semana de aumento (o da semana passada) e um boletim sem alteração.
Em compensação, os economistas ouvidos pelo BC elevaram a previsão do IPCA de 2024 para 3,93%, ante 3,92% da última segunda-feira.
Dolár e outros dados
Nos outros dados, o mercado reduziu a previsão do dólar para este ano (de R$ 4,99 para R$ 4,95) e 2024 (de R$ 5,03 para R$ 5). Já a expectativa para a taxa básica de juros foi mantida para 2023 (11,75%), 2024 (9,25%), 2025 e 2026 (8,5%). Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) realiza a última reunião do ano para definição da Selic, que está em 12,25% ao ano.
Da redação com Folha de São Paulo