O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023, na comparação com o ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou próximo ao de 2022, quando a alta foi de 3%.
O principal destaque do ano foi o desempenho recorde do setor agropecuário, que registrou um aumento de 15,1%, impulsionado pelas safras de soja e milho. A indústria também apresentou crescimento, de 1,6%, enquanto os serviços, que respondem pela maior parte da economia brasileira, subiram 2,4%.
Na análise por demanda, o consumo das famílias, que representa cerca de 60% do PIB, cresceu 3,1%, impulsionado pelo reajuste do salário mínimo, programa Bolsa Família e mercado de trabalho aquecido. O consumo do governo também teve alta, de 1,7%.
Apesar do crescimento anual positivo, a economia brasileira desacelerou no segundo semestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre, o PIB ficou estável (0%).
O principal motivo da desaceleração foi a alta da taxa básica de juros, a Selic, que encareceu o crédito e investimentos. Além disso, o consumo das famílias apresentou uma queda de 0,2% no quarto trimestre.
Para 2024, as projeções de crescimento do PIB brasileiro são mais moderadas. O Banco Central estima um crescimento de 1,52%, enquanto o mercado financeiro projeta alta de 2,7%.
Os principais desafios para a economia brasileira em 2024 incluem a inflação ainda elevada, a alta da taxa de juros e o cenário internacional incerto.
Principais destaques do PIB em 2023:
- Serviços: 2,4%
- Indústria: 1,6%
- Agropecuária: 15,1%
- Consumo das famílias: 3,1%
- Consumo do governo: 1,7%
- Investimentos: -3%
- Exportações: 9,1%
- Importação: -1,2%
Da redação com IBGE