As frequentes viagens e declarações controversas de Lula ao redor do mundo têm contribuído para uma percepção negativa dos estrangeiros em relação ao Brasil. Esta é a visão predominante entre a maioria dos 101 gestores, economistas, traders e outros profissionais de 84 fundos de investimento sediados em São Paulo e Rio de Janeiro, entrevistados pela Genial/Quaest entre os dias 14 e 15 de março deste ano.
De acordo com a pesquisa, desde que Lula assumiu a presidência, a imagem do Brasil no exterior piorou na opinião de 45% dos entrevistados. Outros 31% acreditam que não houve mudança na percepção dos estrangeiros sobre o país, enquanto 25% afirmam que melhorou.
A visão do mercado sobre as atividades internacionais do ex-presidente vinha se deteriorando desde pelo menos julho do ano passado, mas essa tendência se intensificou desde novembro de 2023, quando apenas 28% dos entrevistados observaram uma piora.
As declarações controversas de Lula têm contribuído para a deterioração da imagem do governo em todas as esferas, não apenas no mercado financeiro. No início deste mês, outra pesquisa da mesma instituição demonstrou uma queda na popularidade do presidente, especialmente entre os evangélicos, que rejeitaram suas declarações sobre o Holocausto e o conflito na Faixa de Gaza.
“A reação às declarações de Lula comparando o que ocorre em Gaza com o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial parece oferecer boas pistas para explicar essa queda na avaliação do governo entre os evangélicos. Como demonstrado anteriormente, 60% dos brasileiros consideram que Lula exagerou na comparação”, comentou o diretor da Quaest, Felipe Nunes, em seu perfil no X.
Impactos do cenário internacional na economia brasileira
Além disso, 49% dos profissionais de mercado entrevistados agora acreditam que a eleição americana terá impacto na economia brasileira, enquanto 36% acreditam que não haverá impacto significativo. A pesquisa também revelou que 60% dos entrevistados acreditam que Joe Biden seria mais benéfico para a economia nacional do que o ex-presidente Donald Trump.
Apesar disso, 90% dos entrevistados acreditam que o Federal Reserve (FED) iniciará cortes nas taxas de juros nos próximos meses (40%) ou no segundo semestre (50%). Além disso, 92% acreditam que o início de um afrouxamento monetário nos Estados Unidos terá um impacto positivo na economia brasileira.
Da Redação com Antagonista