O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, em uma audiência de custódia realizada na quinta-feira (18), que Érika de Souza Vieira Nunes continuará detida. Érika foi presa em flagrante enquanto tentava obter um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária em Bangu, Zona Oeste do Rio, utilizando o corpo do seu tio falecido.
Durante a audiência, a advogada de Érika, Ana Carla de Souza Côrrea, solicitou a liberação de sua cliente alegando que Érika é responsável pelo cuidado de sua filha de 14 anos, que possui deficiência. No entanto, atendendo a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, a juíza Rachel Assad da Cunha determinou a prisão preventiva de Érika, que enfrenta acusações de furto e vilipêndio de cadáver.
Na véspera da audiência, o Instituto Médico Legal divulgou um laudo sobre o corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, sem conseguir determinar se ele já estava morto ao ser levado à agência. Os resultados do exame indicaram incerteza quanto ao momento exato da morte de Paulo, seja durante o trajeto, dentro da agência ou antes de ser movido.
O laudo também revelou que a causa da morte de Paulo foi uma broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca, ocorridas entre as 11h30 e 14h30 da terça-feira (16). Enquanto isso, o corpo continua no IML, e a família conseguiu uma decisão judicial que garante a gratuidade do enterro, cuja data ainda será definida.
Leia aqui o início do caso, na terça-feira (16), Érika de Souza Vieira Nunes tentou obter um empréstimo de R$17 mil usando seu tio, Paulo Roberto, de 68 anos. Câmeras de segurança registraram Érika e Paulo chegando a um shopping em Bangu de carro por aplicativo. Imagens mostram Paulo numa cadeira de rodas com a cabeça tombada para o lado, indicando sua possível incapacidade. Após uma tentativa frustrada de empréstimo em uma loja, eles se dirigiram a uma agência bancária próxima.
Da Redação com Itatiaia