As intensas chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em 126 mortes até as 18h desta sexta-feira (10). O número de vítimas pode aumentar nos próximos dias, já que há 141 pessoas desaparecidas, conforme informações da Defesa Civil gaúcha. Além disso, há 756 feridos.
Segundo o último boletim divulgado nesta sexta, 339.928 pessoas foram desalojadas, ou seja, obrigadas a deixar suas residências e buscar abrigo com familiares ou amigos.
Diante das enchentes que assolaram o estado e deixaram mais de cem mortos, os habitantes do Rio Grande do Sul têm buscado refúgio em outros estados, como Santa Catarina.
De acordo com o boletim das 18h, há também 71.409 pessoas em abrigos montados para auxiliar as vítimas que perderam suas casas. Dos 497 municípios do estado, 441 foram afetados pela tragédia.
Até o momento, 70.863 pessoas foram resgatadas, incluindo 9.984 animais. Além disso, há quase 152 mil pontos sem energia elétrica e 385 mil imóveis ainda estão sem água.
As aulas foram suspensas em 2.338 escolas da rede estadual, afetando mais de 315 mil alunos. Nesta sexta-feira, 1.204 escolas foram afetadas, sendo 526 danificadas e 84 servindo de abrigo.
Esta tragédia está sendo comparada ao furacão Katrina, que em 2005 devastou a região metropolitana de Nova Orleans, nos Estados Unidos, e causou mais de mil mortes em quatro estados norte-americanos.
Profissionais de saúde destacam semelhanças entre as duas tragédias, incluindo a falta de prevenção de desastres naturais e a ausência de uma coordenação centralizada de decisões. O colapso nos hospitais, a dificuldade das equipes de saúde em chegar aos locais de trabalho e a escassez de medicamentos e outros suprimentos também são semelhanças apontadas.
Situação no RS após as chuvas:
- 126 mortes
- 141 desaparecidos
- 756 feridos
- 71.409 desabrigados
- 339.928 desalojados
- 1.951.402 pessoas afetadas no estado
Apesar da redução do nível da água do lago Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre, para 4,71 metros na medição do cais Mauá às 17h desta sexta, as ruas e avenidas da cidade continuam alagadas.
O governo gaúcho alertou para o risco de enchentes nos municípios às margens da Lagoa dos Patos, pois a água que bloqueia as ruas da região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, podendo ocorrer rapidamente ou mais lentamente, dependendo da direção do vento.
Da Redação com Folhapress