O engenheiro agrônomo Luciano Cordoval de Barros, da Embrapa Milho e Sorgo  de Sete Lagoas, vai até Aracaju nesta terça (24) falar da técnica das “barraginhas”, que  é utilizada para contornar os efeitos provocados pelas chuvas intensas.

Atualmente, existem cerca de 500.000 barraginhas em todo o país. Apenas em Minas Gerais, são aproximadamente 300.000 em mais de 500 municípios, sobretudo do Cerrado e do Vale do Rio São Francisco. 

No Nordeste, são cerca de 30.000 barraginhas, sendo que o estado em que a tecnologia está mais disseminada é o Piauí, com 12.000 em 30 municípios. O segundo estado com maior número é o Ceará e, em terceiro, está a Bahia.

A palestra intitulada “Barraginhas: água de chuva para todos”, será proferida às 9h, no auditório principal da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Sergipe.As “barraginhas” são barreiras para contenção de enxurradas que retêm o excesso de água nas épocas chuvosas, até que esse excesso seja infiltrado no solo. O assistente do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia (SIPT) da Embrapa, Paulo Sérgio, explica que as “barraginhas” são de grande importância para evitar enchentes e a chamada lavagem do solo, quando as enxurradas diminuem a fertilidade da terra, ao retirar as propriedades existentes na superfície, além de ajudar na recuperação das áreas que já foram devastadas por essa lavagem.

Paulo Sérgio aborda ainda outras vantagens das “barraginhas”, como a elevação do nível da água nas cisternas, estiagens amenizadas e a possibilidade de instalação de lagos de múltiplo uso que podem inclusive servir como criatório de peixes.

Além da palestra na capital de Sergipe, a Embrapa promove também atividades de treinamento em duas cidades do interior do estado. Em Tobias Barreto, na
quarta-feira (25), a apresentação do projeto será na comunidade Alagoinhas, no espaço da Associação e a parte prática (construção da barraginha) será na propriedade do Sr. Dedé, membro do grupo de interesse. 

Já em Pacatuba, na quinta-feira (26) a apresentação será no Povoado Rancho, no espaço da escola e a parte prática (construção da barraginha) será na propriedade do Sr. Edgar, outro membro do grupo de interesse.

Da redação, com informações da Embrapa