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Deficientes enfrentam desafios no transporte público em Sete Lagoas

O elevador para cadeiras de rodas de um ônibus da empresa TURI que fazia a linha Cemig apresentou problemas na manhã desta sexta-feira, 19. O defeito foi verificado quando o cobrador embarcava um passageiro com mobilidade reduzida. Ao tentar retornar o elevador a posição original para que as portas fossem fechadas o equipamento travou. Nesse instante, o motorista desceu até a porta onde ficava o elevador e tentou com um pedaço de pau destravar o equipamento.

Elevador impedia o fechamento das portas / Foto:setelagoas.com.brElevador impedia o fechamento das portas / Foto:setelagoas.com.br

Enquanto o cobrador apertava os botões de comando que, segundo ele, continuavam sem responder, muitas pessoas que estavam no ônibus a caminho do trabalho desceram da lotação e continuaram o caminho a pé. O senhor que havia sido embarcado demonstrava preocupação por não saber como desceria do transporte caso o defeito não fosse solucionado. Com algum esforço motorista e trocador conseguiram retornar a posição do elevador, e seguiram viagem, depois de quase 20 minutos.

Problemas como o descrito são enfrentados quase que diariamente por deficientes físicos que dependem do elevador para utilizar o transporte público na cidade. Em horários de pico, os ônibus ficam superlotados e muitos passageiros ocupam o espaço destinado a cadeira de rodas. Além disso, são registrados casos de motoristas que não param para cadeirantes e falta de conhecimento técnico dos auxiliares que tem dificuldade de operar o elevador.

Cobrador tentava sem sucesso que o equipamento respondesse aos comandos / Foto: setelagoas.com.brCobrador tentava sem sucesso que o equipamento respondesse aos comandos / Foto: setelagoas.com.br

O diretor de Fiscalização da Secretaria de Trânsito e Transporte Urbano, Dênio Menezes, informa que a fiscalização aos ônibus e alternativos é feita semestralmente pela Sintese. O departamento de fiscalização da prefeitura realiza vistorias pontuais mediante a denúncia.

Para registrar uma reclamação sobre o não funcionamento de elevadores em coletivos, a pessoa deve protocolar o pedido no Setor de Protocolos da prefeitura que encaminhará a reclamação para a Secretaria de Trânsito. Segundo Dênio, é importante informar o número ou a placa do veículo e o local onde a infração aconteceu. Depois de realizada a vistoria, se for constatado o defeito, o ônibus é advertido e autuado, é dado uma ordem de parar e pode receber uma multa.

O gerente da Turi, Roberto Samuel, explica que todos os 103 ônibus da empresa possuem elevador e passam por inspeções sistemáticas para que esse tipo de problema não aconteça. "Temos um funcionário exclusivamente para essa manutenção. Mas até mesmo a falta de uso em alguns elevadores nos veículos ocasionam problemas. Mas os carros passam por manutenção períodica e quando o problema é constatado, o reparo é feito imediatamente", esclarece Roberto.


Por Nayara Souza.



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