As informações ainda são desencontradas, o que não diminui a vontade em descobrir o autor de uma barbárie para que o crime seja esclarecido. Uma pessoa de carro teria atropelado, propositalmente, um cachorro que andava pelo estacionamento do Hiper Santa Helena. Batizado por quem o resgatou de Heleno, o animal precisou ser eutanasiado diante da gravidade dos ferimentos.
O vira lata foi descoberto pela protetora Ana Senna, no último domingo, 08, quando foi ao supermercado fazer compras. Completamente paralisado por conta das múltiplas fraturas e chorando de dor, Heleno foi resgatado por Jacqueline Mayer, Klenia Rosa e Ligia Valadares. As amigas Junia Gravito, Cibele Diniz, Luciana Castro, Junia Villani e Tati Faria deram suporte e também colaboraram na tentativa de salvar a vida do cão.
Depois de tomar morfina diante da dor, o animal foi levado para cuidados em Belo Horizonte por causa da gravidade do caso. Colocado em coma induzido, o grupo foi orientado por um especialista a eutanasiar Heleno, nessa quarta-feira, 11, para abreviar o sofrimento já que a coluna do vira lata havia sido “triturada” e não havia recursos, nem cirúrgicos, para uma recuperação.
Mas o que mais indignou, não só quem fez o resgate, mas também quem tomou conhecimento do caso, é que o atropelamento poderia ter sido intencional e que o animal estaria agonizando já há três dias. “Chegou ao nosso conhecimento, por fontes confiáveis, que ele foi atropelado propositalmente ali mesmo, dentro do estacionamento do Hiper Santa Helena”, lamenta Junia Gravito que trabalha e pede ajuda a quem puder na tentativa de identificar o autor do crime.
“Estamos em busca das imagens das câmeras de segurança para identificar a placa do veículo. Também estamos pedindo encarecidamente a quem tenha testemunhado esse crime, que denuncie o maldito que fez isso para que possamos lutar por sua punição”, desabafa Junia que pretende desencadear uma campanha de conscientização a partir do triste caso. “Esperamos que a morte do Heleno não tenha sido em vão”, completa a protetora que orienta a quem presenciar um atropelamento que anote a placa do veículo.
No supermercado onde o animal foi atropelado e deixado à própria sorte, fomos informados pela gerência, que evitou estender o assunto, que não há câmeras de vídeo monitoramento na parte externa do imóvel o que dificultaria a identificação do possível cliente. O tempo, uma vez que que o atropelamento teria acontecido há uma semana, é mais um dificultador na tentativa de identificação, mas o grupo acredita e garante que não vai descansar enquanto não encontrar o autor do crime.
Além de ajudar com informações, quem puder colaborar com os custos do caro tratamento que, infelizmente, não salvou a vida de heleno, pode entrar em contato com as protetoras. O valor será utilizado também para cuidados com outros animais resgatados. Quem puder auxiliar para que casos como de Heleno não se repitam e para que outros possíveis maus-tratos deixem de acontecer pode contatar a polícia.
Por Marcelo Paiva