O Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais do Unifemm (NEES), divulgou os dados de junho relativos ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que indicaram continuidade do cenário de fraqueza apontado pelo mercado de trabalho ao longo dos últimos meses. Em todas as regiões analisadas, assim como nos dados nacionais, o saldo de contratações acumulado em doze meses aponta desaceleração, sendo que na maior parte dos casos as demissões já superam as admissões: em junho de 2016, foi registrada retração no nível de emprego no Brasil, destruição de 91 mil postos líquidos, derivadas da criação de 1.204.763 vagas e do desligamento de 1.295.795 pessoas.
Em relação a Minas Gerais, dos oito segmentos da economia analisados apenas a Agropecuária registrou saldo positivo de 16,8 mil postos formais de trabalho, em junho de 2016. Os demais, Extrativa Mineral, Serviços Industriais de Utilidade Pública, Construção civil, Comércio, Serviços, Administração pública e Indústria da Transformação, não tiveram representatividade positiva em relação a vagas de emprego no referido mês, sendo esse último segmento, responsável pela redução de 4,6 mil vagas.
Houve, ainda, intensificação das demissões no setor de Serviços, Construção Civil e Comércio que registraram redução de 42,7 mil, 31,1 mil e 26,8 mil postos formais, respectivamente e, embora os setores de Agropecuária, Construção Civil e Serviços Industrias de Utilidade Pública tenham registrado vagas formais, 10, 09 e 01, nessa ordem, o resultado não foi o suficiente para resultar em saldo positivo no quadro geral.
Especificamente em Sete Lagoas, pelo 25º mês consecutivo, é registrada retração no nível de postos formais de trabalho. Em valores absolutos, no mês de junho houve redução de 449 vagas e ao considerarmos os últimos 12 meses, esse valor chega a 4 mil postos de trabalho a menos no município. O setor que mais contribuiu para essa retração foi o setor de Indústria de Transformação com 55% das vagas extintas.
Para Cynara Quintão e Karina Moura, pesquisadoras do NEES, em 2016 os desafios para o trabalhador brasileiro prometem ser maiores, por isso o ideal é que o profissional esteja preparado para o desenrolar dos acontecimentos que marcam o atual momento econômico e suas consequências no mercado de trabalho brasileiro.
Com Unifemm