Sete Lagoas observa com atenção estudos que podem apontar possível surto de dengue

Após um período de chuvas intensas e perenes, o calor do verão retorna e com ele uma preocupação: a dengue e outras doenças, como zika virus e chikungunya. Depois das últimas epidemias na cidade, Sete Lagoas observa com atenção os casos.

É considerado entre os meios epidemiológicos que a cada três anos aconteça uma epidemia de dengue nas cidades – Sete Lagoas viveu isso em 2013, 2016 e 2019 (apesar que o ano de 2020 também registrou muitos casos). Sendo 2022 o “ano cabalístico” para um possível surto, a cidade já notificou 18 casos, ainda sem confirmação para a doença, como aponta o gerente do Centro de Controle de Arboviroses da Prefeitura de Sete Lagoas Adriano Pereira de Souza.

“Estamos realizando o primeiro levantamento para identificar a infestação do mosquito no município, provavelmente o resultado [de Avaliação de Densidade Larvária (ADL)] estará acima do preconizado que é mais de 1%, devido a grandes chuvas que aconteceram na primeira semana do ano”, aponta o gerente, que estima que estudo de LIRAa que está sendo realizado e será divulgado no final de janeiro coloque Sete Lagoas em situação de possível surto de dengue.

A cidade já está convivendo em alerta por conta das arboviroses. O último LIRAa divulgado já mostrou que Sete Lagoas teve resultado de 2% de infestação geral.

Adriano aponta que os trabalhos para contenção dos riscos já estão sendo realizados: “Estamos realizando as visitas domiciliares priorizando as áreas com maior infestação do mosquito e o bloqueio com inseticidas nos caso prováveis da doença”, afirma o gerente de controle de arboviroses, sendo que o grande foco destas doenças continuam a ser as residências, onde os mosquitos transmissores da doença, como o aedes aegipty, se reproduzem.

Recentemente, o SeteLagoas.com.br apontou também a infestação do pernilongo culix, que incomodou a cidade durante os meses de setembro a novembro de 2021. Agora, o temor de que outro tipo de epidemia assole o sistema de saúde municipal, que já vê o crescimento dos casos da variante Ômicron da Covid-19 e da influenza impactar os serviços de saúde.

Como evitar que sua casa seja criatório para o mosquito da dengue

80% dos infectados pela dengue acabam contraindo a doença em casa. Por isso, cuidados básicos com higiene de quintais e manutenções constantes evitam a infestação do aedes aegipty. Cofira outras ações:

• Verificar se a caixa d’água está bem tampada.
• Deixar as lixeiras bem tampadas.
• Colocar areia nos pratos de plantas.
• Recolher e acondicionar o lixo do quintal.
• Limpar as calhas.
• Cobrir piscinas.
• Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários.
• Limpar a bandeja externa da geladeira.
• Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação.
• Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado.
• Cobrir bem a cisterna.
• Cobrir bem todos os reservatórios de água.

Da redação