O IV Festival Nacional de Arte de Rua aconteceu de 01 a 13 de novembro, com atrações culturais variadas em diversos pontos de Sete Lagoas e municípios vizinhos, com sucesso de público de todas as idades. Centenas de artistas de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro garantiram uma programação diversificada. Os artistas foram majoritariamente negros e o projeto teve desdobramentos em ações duradouras.
A exposição “Origens” por exemplo, realizada pelo FENAR em parceria com o Coletivo Interiorizar, possui 19 fotos gigantes, que podem ser visitadas na Orla da Lagoa Paulino até o dia 27 de novembro e a intervenção urbana da artista plástica Efe Godoy permanecerá por muito tempo nas paredes do Edifício Pedro Maciel, no centro. O FENAR 2022 comemorou os 155 anos da cidade que o acolheu em quatro edições.
O FENAR 2022 é viabilizado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio da Cimento Nacional, apoio da Prefeitura de Sete Lagoas, gestão da Espaço Ampliar – Assessoria, Projetos e Eventos e realização Governo de Minas Gerais – Governo Diferente Estado Eficiente.
A quarta edição consolidou o festival como multicultural, empenhado em promover a cultura de Sete Lagoas e oportunizar encontros de compartilhamento de experiências e vivências artísticas. “O FENAR é mais que um evento, é um projeto onde a arte se perpetua na cidade, não só na exposição que ficará por mais tempo em cartaz, mas também na pintura de mais uma empena e no reconhecimento da população ao fazedor de arte local. É um manifesto de alegria, em meio a tantos outros e, nos da organização, só temos que agradecer a todos, principalmente ao Prefeitura de Sete Lagoas”, declara Alan Keller, produtor e curador do Festival.
A programação foi ocupada, em sua maior parte, por artistas locais em shows, espetáculos de teatro e dança, circo, intervenções, exposições, bate papos e discussões. Alan afirma que a organização se preocupou ainda de, no mês em que se celebra Consciência Negra, reafirmar a importância do povo negro na formação cultural do país. “Tivemos a participação de mais 70% de artistas pretos atuando nas mais diversas atrações, entre elas as manifestações populares tradicionais com uma reunião de mestres e o cortejo da Guarda de Moçambique Nossa Senhora da Conceição”, conta.
Algumas atividades aconteceram pela primeira vez durante o Festival, como o 1º Encontro de Circo de Sete Lagoas e a edição especial do Quarteirão Preto, que reuniu música, artesanato, gastronomia na Praça Tiradentes, onde houve ainda a apresentação do espetáculo Casamentos Urbanos, do Grupo Confesso, de Belo Horizonte. Esteve em pauta, como sempre, a cena do hip hop local, em bate papos e apresentações. A Preqaria Cia de Teatro e a Paraopeba Cia de Dança, parceiras do FENAR desde a primeira edição, também estiveram presentes em espetáculos onde o público lotou o Centro Cultural Nacional.
FENAR solidário
Nos três primeiros dias de programação foram arrecadadas 25 toneladas de alimentos, doados pelo público em troca dos ingressos para os shows de Raça Negra, seguindo de Dudu Nobre e Sandra de Sá. Os alimentos serão distribuídos por entidades assistenciais de Sete Lagoas, entre a população de baixa renda.
Com ASCOM FENAR