Inserida no novo bairro planejado de Sete Lagoas, Jardim da Serra, a Lagoa da Chácara é de relevante interesse geográfico e histório na cidade por ser uma das sete que compõem seu nome. Através de uma contrapartida firmada com o Município, o Grupo EPO, responsável pelo empreendimento imobiliário, está revitalizando o local e o SeteLagoas.com.br visitou o início das obras para trazer com exclusividade mais detalhes do projeto.
A intenção de revitalizar a Lagoa da Chácara vem desde os projetos de licenciamento ambiental e paisagístico do empreendimento, é o que conta Bruna Azevedo, gerente de Projetos Urbanísticos do Grupo EPO: “Como ela está dentro da propriedade em que estamos desenvolvendo o loteamento e o perímetro dela é tombado, desde o início do licenciamento ambiental já tivemos um cuidado muito grande para entender realmente a localização, fazer estudos do solo e sondagem. Além da recuperação da Lagoa que tem esse significado histórico para Sete Lagoas, ela gera uma ambiência muito grande no projeto e também funciona tecnicamente como uma bacia de retenção. Ela vai servir para acumular a água que desce naquela região e que hoje vai direto para o Córrego do Diogo com muita velocidade”.
A mata no entorno também será recuperada: “O intuito é que façamos a recuperação da mata do entorno que é uma Área de Preservação Permanente. Hoje ela está bastante deteriorada, precisamos fazer a recuperação das árvores e nossa proposta inclui também uma praça entre a Lagoa e a Avenida Prefeito Alberto Moura que vai funcionar como um espaço de contemplação para a população com equipamentos de lazer”, complementa Bruna Azevedo.
Victor Azevedo, gestor da obra, explica aos leitores de SeteLagoas.com.br como está sendo feita a recomposição topográfica no local e fala sobre o destino do material retirado da Lagoa: “Iniciamos as obras de recuperação dessa lagoa no final do ano passado com o início da escavação. Trabalharemos a escavação durante todo esse ano dentro do próprio loteamento, uma compensação interna para que a gente não tenha excedente de terra e transporte para outros lugares ou abrigos. Temos esse foco e essa preocupação de não ter movimentação e não gerar um bota-fora”.
Victor Azevedo revela também que o espelho d’água da Lagoa da Chácara terá entre 28 e 29 mil metros quadrados e profundidade máxima de até três metros. Ele adianta também como se dará o controle o nível d’água: “Trabalhando com um vertedouro e controle de nível, ela terá sempre um espelho mínimo e uma capacidade máxima de acumulação para não ocorrer o transbordamenteo da própria lagoa”.
A revitalização ocorrerá em paralelo ao desenvolvimento do loteamento justamente para que não se acumule um volume de terra sem destinação dentro do empreendimento. A previsão é de que ela seja concluída até o final de 2025 e que ao fim desse prazo a manutenção da Lagoa seja entregue ao município.
Victor Azevedo diz que até o momento não se observou afloramento de água no interior da Lagoas, mas que ela já demonstrou capacidade real de reter águas pluviais: “Tivemos uma experiência boa agora nesse primeiro período de chuva. Conseguimos visualizar a acumulação da própria água da chuva que antes não ocorria porque a lagoa realmente não existia, a topografia era muito plana sem nenhuma área de acumulação. Visualizamos que nos próximos períodos chuvosos a gente vá conseguir fazer a recarga dela. E com o vertedouro, fazer a manutenção do espelho d’água”.
Bruna e Victor informam também que durante as obras de revitalização não há previsão de inserir peixes na Lagoa. Segundo eles, essa inserção dependeria de estudos mais específicos e avaliações que visem o correto equilíbrio ambiental do futuro espaço.
A linha de transmissão que atualmente passa acima do perímetro da Lagoa será realocada.
Victor comenta ainda sobre a repercussão que tais obras têm trazido para a cidade: “Percebi entre contatos que tenho em Sete Lagoas que muitas pessoas nem sabiam que existe essa lagoa, ou nunca a viram. Quem tem alguma lembrança são pessoas acima de sessenta, setenta anos de idade. Parece realmente ser uma lagoa com pelo menos meio século que está seca. Então é novidade para muita gente”.
Bruna Azevedo detalha que há outra área no Jardim da Serra junto à Avenida Nações Unidas que também pode vir a ser uma nova lagoa. Essa área não está sendo loteada e fica ao lado da Área Institucional do projeto. No entanto, o local ainda está sendo estudado para definir o real perímetro dessa lagoa e sua capacidade de reter águas oriundas daquela região.
Veja abaixo imagens da obra na Lagoa da Chácara:
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Da Redação, Vinícius Oliveira e Djhéssica Monteiro
Agradecimentos: Grupo EPO