Após atos racistas durante os Jogos Escolares de Minas Gerais – JEMG/2023, a equipe de handebol da E.E. Ministro Francisco Campos, da cidade de Pompéu/MG, foi eliminada e o presidente diretor do projeto AESGE Esporte Clube de Pompéu foi condenado à suspensão de dois anos e seis meses. A repercussão do caso levou empresas a encerrarem convênios com o clube, aguardando o desfecho do inquérito policial sobre o crime de injúria racial.
A Coordenação dos Jogos Escolares de Minas Gerais – JEMG/2023 emitiu uma nota oficial hoje (22) anunciando a eliminação da equipe de handebol da E.E. Ministro Francisco Campos, da cidade de Pompéu/MG, devido a atos racistas. Essa decisão foi tomada como resposta aos eventos lamentáveis ocorridos durante a competição.
Além disso, o autor dos atos racistas, presidente diretor do projeto AESGE Esporte Clube de Pompéu, enfrentou as consequências de suas ações, sendo condenado à suspensão de dois anos e seis meses. Essa medida punitiva foi aplicada como forma de desencorajar comportamentos discriminatórios e reforçar a importância do respeito e da igualdade no esporte.
A repercussão do caso foi tão intensa que algumas empresas já encerraram seus convênios com o projeto do AESGE Esporte Clube, até que o inquérito policial sobre o crime de injúria racial seja concluído. Essas empresas se posicionaram contra a discriminação racial e reafirmaram o compromisso com valores de inclusão e diversidade.
Relembre o caso
Na tarde de quinta-feira (16), foram divulgadas nas redes sociais conversas e áudios revelando atos de racismo por parte de um integrante da equipe técnica do time de handebol de Pompéu, dirigidos a um aluno de Sete Lagoas.
A Polícia Civil iniciou uma investigação sobre o ocorrido e abriu um inquérito na quarta-feira (14/6). O áudio foi divulgado nas redes sociais pelos vereadores Rodrigo Braga e Junior Souza, de Sete Lagoas, que afirmaram que foram proferidos insultos racistas após o aluno de Sete Lagoas questionar a participação de certos atletas da equipe.
Em resposta, o suspeito teria insultado o aluno com comentários preconceituosos. Nas gravações divulgadas, é possível ouvir palavras ofensivas e racistas como “Até preto você é”, além de declarações desrespeitosas como “Sete Lagoas é um esgoto” e “Voltem para as favelas, pobres!”, juntamente com outras ofensas.
Veja abaixo a nota:
Da redação