Com os casos de arboviroses (dengue e Chikungunya) sem controle em Sete Lagoas, todos deveriam fazer sua parte – mas, isso não acontece. Leitores do SeteLagoas.com.br relatam casos de descuido de vizinhos com a limpeza; para denunciar ou relatar estes problemas, um telefonema basta.
Um morador do bairro Eldorado procurou a reportagem, e relatou que um empreendimento armazena uma grande quantidade de pneus há cerca de um mês: “Isso é um grande perigo para toda a sociedade, ainda mais neste período de surto de dengue”, afirma. Em um vídeo, enviado para o SeteLagoas.com.br, é possível ver pela janela do apartamento do leitor a grande quantidade destes objetos.
A Prefeitura de Sete Lagoas, através da assessoria de comunicação, afirmou que a empresa onde o leitor filmou os pneus foi notificada por quatro vezes sobre a condição de armazenamento dos locais, inclusive, com recolhimento deles através dos fiscais. Os agentes irão novamente até o estabelecimento para verificação.
Outra leitora que sofreu (inclusive com doença) com o descuido de seus vizinhos foi Cássia Costa. Ela, moradora do nobre bairro Jardim Cambuí, relatou de poças de água em um telhado; ela até procurou os donos da casa, sem sucesso: “Já chamei na casa! Já pedi! Mas a ‘piscina de mosquito’ está lá”, disse, indignada.
Como denunciar
A Prefeitura de Sete Lagoas mantém, durante o ano, um contato para que cidadãos possam relatar sobre os descuidos provocados por vizinhos. Quando denunciados, os agentes vão até o local para vistoriar e aplicar as sanções necessárias.
Para as arboviroses, o telefone de contato é o 31 3771-6532. Este contato serve para denunciar infestações tanto do Aedes aegypti, quanto do caramujo africano, que aparece nos períodos de verão.
Arboviroses em alta
Até o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Sete Lagoas tem 5,6 mil casos de Chikungunya – até o momento, a cidade tem a triste liderança entre os municípios com maior número de óbitos pela doença. Outra arbovirose em alta é a dengue, com mais de 3 mil casos.
Filipe Felizardo